O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que, por ora, o conflito entre Irã e Israel não deve ter impacto significativo no preço dos combustíveis no Brasil. Prates explicou que a empresa está monitorando os desdobramentos geopolíticos e as oscilações nos preços do petróleo, mas que, até o momento, os estoques e a produção em países não afetados garantem estabilidade nos preços.
“Estamos acompanhando os desdobramentos geopolíticos e as oscilações nos preços do petróleo (barril). Por enquanto, os estoques e a continuidade da produção em países não afetados garantem baixa volatilidade e nenhum novo patamar de preços já consolidado“, explicou Prates durante entrevista à CNN Brasil.
Ele apontou a importância da autossuficiência em óleo, capacidade de refino e vantagens logísticas e comerciais da Petrobras para manter a estabilidade no fornecimento de combustíveis.
“É nessas horas que se deve dar valor à autossuficiência em óleo, grande capacidade de refino e estoques, e vantagens logísticas e comerciais da Petrobras. A nova estratégia comercial (política de preços + otimização logística e comercial) mostra seu valor, evitando a volatilidade dos ajustes em tempo real bem como a paridade com a importação“, disse Prates.
Ele também tranquilizou quanto à capacidade de administrar eventuais aumentos nos preços dos combustíveis: “Dá para administrar ‘spikes’ ocasionais de preços, neste caso nem isso ocorreu ainda. E manter alguma previsibilidade e capacidade de reação para quem trabalha com ou depende de combustíveis diretamente”.
Apesar das preocupações com uma possível escalada dos preços do petróleo devido ao conflito entre Irã e Israel, as cotações do produto começaram a semana sem grandes sobressaltos. Nesta segunda-feira (15), o preço do barril do óleo tipo Brent recuava 1,05%, cotado a US$ 89,50, enquanto o óleo tipo WTI caía 0,90%, com preço de US$ 84,89.