A temporada de cruzeiros 2022/2023 no Brasil atingiu números recordes, marcando o maior desempenho dos últimos 10 anos. Aproximadamente 803 mil cruzeiristas foram registrados, causando um impacto na economia de R$ 5,1 bilhões e 79.567 postos de trabalho diretos e indiretos criados. Esses dados são provenientes do “Estudo de Perfil e Impactos Econômicos de Cruzeiros Marítimos no Brasil – Temporada 2022/2023”, realizado em parceria entre a CLIA Brasil e a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O presidente da CLIA Brasil, Marco Ferraz, ressaltou que a temporada 2022/2023 mostrou a força do setor.
“Foi a maior dos últimos 10 anos. Mais leitos ofertados, mais cruzeiristas, mais roteiros e maior eficiência dos navios levaram a indústria de cruzeiros no Brasil a alcançar números recordes nesta temporada e mostrar sua força e alta capacidade de retomada”.
Marco Ferraz, CLIA Brasil.
O levantamento aponta que cada real investido no setor resultou em R$ 4,05 de movimentação na economia nacional. O gasto médio por pessoa na compra de viagens de cruzeiro foi de R$ 5.073,51, com uma duração média da viagem de 4,9 dias. Nas cidades de escala, o impacto econômico médio foi de R$ 639,37, enquanto nas cidades de embarque e desembarque foi de R$ 813,56.
O setor que mais se beneficiou com os gastos dos cruzeiristas e tripulantes inclui alimentos e bebidas, com R$ 631,4 milhões, seguido pelo comércio varejista, despesas com compras e presentes, com R$ 618,4 milhões, e transporte durante a viagem, com R$ 508,9 milhões. Além disso, o setor gerou R$ 546,2 milhões em tributos nas esferas federal, estadual e municipal.
A pesquisa revelou que o destino preferido de 66,2% dos cruzeiristas é o litoral Nordeste. Cerca de 92% dos entrevistados desejam realizar uma nova viagem de cruzeiro, e 87% planejam retornar a destinos visitados anteriormente.