A chegada do inverno, marcada para a próxima sexta-feira (21), promete aliviar as temperaturas elevadas que têm sido registradas nos últimos meses. Segundo Gilmar Bristot, chefe da unidade de Meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), a nova estação será caracterizada por um clima mais frio e úmido em comparação ao ano passado.
“Esse período que vai de junho até 22 de setembro é o inverno no hemisfério sul. Este ano, o inverno no Nordeste será um pouco mais frio e mais úmido que o anterior”, explica Bristot. “Em 2023, estivemos sob o efeito do El Niño, que elevou as temperaturas e reduziu as chuvas. Este ano, estamos sob a influência da La Niña, que promove uma maior circulação dos ventos, reduzindo as temperaturas.”
Previsões para o interior
Para algumas regiões do interior do estado, como a Serra de Martins, Serro de Santana e Lagoa Nova, as temperaturas mínimas podem oscilar entre 17 e 18 graus durante os meses de junho, julho e agosto, que são tradicionalmente os mais frios.
Em termos de precipitação, junho e julho devem registrar chuvas acima da média devido às condições do Atlântico Sul, que atualmente apresenta temperaturas mais aquecidas e uma alta pressão mais estabilizada. Isso favorece a circulação e formação de ventos de sudeste e leste, contribuindo para a formação de chuvas no estado.
A partir de agosto, no entanto, a tendência é de diminuição das chuvas. “Com a diminuição das instabilidades no oceano, agosto e setembro marcam o início da estação dos ventos, que se estende até outubro”, diz Bristot. “Chuva não combina com vento, então, à medida que os ventos aumentam, a quantidade de chuva tende a diminuir.”