A indústria do Rio Grande do Norte registrou um crescimento de 13,7% entre janeiro e agosto de 2024, mais de quatro vezes superior à média nacional, de 3%, e acima da média do Nordeste, de 1,2%, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e compilados pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene). Com esse desempenho, o estado potiguar mantém a liderança nacional no setor industrial há 14 meses consecutivos, desde julho do ano passado.
Esse avanço foi impulsionado principalmente pelas atividades de refino e produção de biocombustíveis, que cresceram 33,6% no período, com destaque para produtos como óleo diesel e gasolina automotiva. O Ceará aparece em segundo lugar no ranking nacional, com um crescimento de 8,9%.
Além do aumento na produção, dados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) mostram que a indústria tem superado a agropecuária em volume de crédito, uma tendência confirmada pelo Banco do Nordeste, que reiterou a disponibilidade de recursos para o setor em sua área de atuação, que engloba os nove estados do Nordeste e partes de Minas Gerais e Espírito Santo.
No Rio Grande do Norte, o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) já destinou R$ 138 milhões para financiar atividades industriais e agroindustriais em 2024. Esse montante abrange setores como alimentos e bebidas, vestuário, petróleo e gás, açúcar e álcool, construção civil, entre outros. Pequenos negócios, com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões, representaram 50% dos recursos, sendo considerados prioritários pela Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR).
O superintendente do Banco do Nordeste no Rio Grande do Norte, Jeová Lins, destaca o impacto das linhas de crédito na indústria potiguar. “A abrangência do crédito do BNB na atividade industrial é digna de registro. A diversidade de atividades, portes empresariais e a capilaridade desse trabalho, que chega à porta de toda e qualquer fábrica, nos distritos industriais, nas cidades ou mesmo na zona rural, dão-nos a certeza de uma participação importante no crescimento apontado pelo IBGE e Etene”, afirmou Lins.
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