Após onda de desinformação, Governo Federal edita Medida Provisória para reforçar gratuidade do Pix - O POTI

Após onda de desinformação, Governo Federal edita Medida Provisória para reforçar gratuidade do Pix

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicou que a Medida Provisória reforça a gratuidade do uso do Pix e todas as cláusulas de sigilo bancário em torno do método. Foto: João Risi/PR.

A Receita Federal revogou a instrução normativa que ampliava a fiscalização das transações financeiras para bancos digitais, fintechs e instituições de pagamento, após a disseminação de informações falsas sobre o tema. Em substituição, o governo editará uma medida provisória (MP) para reforçar a proibição da cobrança diferenciada entre pagamentos via Pix e em dinheiro.

O anúncio foi feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e pelo secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas. A nova MP também reafirmará garantias constitucionais relacionadas ao Pix, como o sigilo bancário e a isenção de impostos sobre as transações, além de garantir que o serviço continue gratuito para pessoas físicas.

Segundo Barreirinhas, a revogação do ato normativo foi motivada tanto pela desinformação gerada quanto pela necessidade de evitar impactos na tramitação da medida provisória. Ele destacou que a MP pretende esclarecer princípios já existentes e impedir distorções que possam prejudicar a população.

Nos últimos dias, comerciantes passaram a aplicar valores diferentes para pagamentos realizados via Pix e em dinheiro, o que motivou a decisão do governo. Haddad afirmou que a MP garantirá que essa prática seja vedada, reforçando que qualquer cobrança deve ser equivalente, independentemente da modalidade de pagamento.

O ministro também negou que a revogação do ato normativo represente uma concessão à onda de desinformação. Segundo ele, o objetivo é impedir que o tema seja utilizado como argumento para barrar a tramitação da medida provisória no Congresso Nacional.

“Pelo contrário. Isso é impedir que esse ato [a instrução normativa] seja usado como justificativa para não votar a MP. Estamos lançando uma medida provisória e queremos que ela seja discutida com sobriedade pelo Congresso Nacional”, justificou o Ministro.

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