Caso de violência policial em batalha de rimas chega à Secretaria de Segurança - O POTI

Caso de violência policial em batalha de rimas chega à Secretaria de Segurança

A reunião aconteceu na tarde de ontem (28), na Secretaria de Segurança Pública.

Após um jovem ser agredido por um policial militar durante uma batalha de rap que acontecia na Zona Norte de Natal no último sábado (26), entidades e lideranças se reuniram com o secretário de Segurança do estado, Coronel Araújo, para tratar do caso.

Durante a reunião, os jovens do coletivo expuseram o ocorrido para os comandantes da PM e pediram mais respeito à livre expressão cultural das periferias natalenses, já que abordagens hostis como essa são muito mais comuns na Zona Norte. Também foi aberto um processo oficial, para apurar os fatos e responsabilizar os envolvidos, além da sugestão de novas normas para abordagens do tipo. 

Após todos os relatos, o Secretário de Segurança, Coronel Araújo, deu um parecer sobre os próximos passos.

“A posição da Secretaria da Segurança Pública e do Governo do Rio Grande do Norte, é de que não toleramos desvio de conduta de policiais. Tudo que foi narrado será apurado e as pessoas acusadas serão responsabilizadas”.

Coronel Araújo, Secretário de Segurança Pública do RN.

Através das redes sociais, a vereadora Brisa Bracchi comentou o caso, reafirmando que o direito ao lazer precisa ser garantido sem repressão e violência policial.

“A gente sabe que a juventude negra periférica, é sempre a maior vítima dessas abordagens de violência policial, mas a gente tá aqui pra dizer que isso não é natural, não é normal e não vai ser aceito, nem tolerado”.

Brisa Bracchi, vereadora de Natal.

Estiveram presentes representantes da Secretaria Segurança Pública e da Defesa Social do estado, comandantes do 4° Batalhão da PM (responsável pela abordagem), a Cooperativa de Batalhas, o coletivo Batalha Clandestina (organizador do evento), e a Subsecretaria da Juventude, que é parte da Secretaria de Estado das Mulheres, da Juventude, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos (SEMJIDH). Também estavam presentes no momento da abordagem, o ativista e suplente de vereador Pedro Gorki (PCdoB) e a vereadora Brisa Bracchi, que criticou duramente a ação, também compareceram.