
Pesquisadores da Universidade de Monash, na Austrália, apresentaram o Gennaris, um protótipo de olho biônico que promete devolver a visão a pessoas que perderam a capacidade de enxergar. Esta tecnologia revolucionária é composta por três componentes principais e visa não apenas auxiliar no reconhecimento de objetos, mas também abrir novas possibilidades de mobilidade para os portadores de deficiências visuais.
O sistema é estruturado em três partes fundamentais
- Implantes eletrônicos em miniatura são instalados na superfície do cérebro. Esses dispositivos funcionam como nervos ópticos naturais, facilitando o transporte e a seleção das imagens mais relevantes.
- Um aparelho externo, semelhante a um smartphone, é equipado com câmera e um transmissor de dados sem fio, atuando na captura de imagens que são enviadas ao processador.
- O processador desempenha a função de analisar as imagens recebidas, criando padrões visuais a partir de combinações de até 172 pontos de luz, conhecidos como fosfenos, que ajudam os usuários a navegar em diferentes ambientes e identificar a presença de pessoas e objetos.
É estimado que a inovação necessite de uma câmera miniatura e mais de 11 implantes sem fio que contornam os nervos ópticos danificados, para que, assim, sejam enviados tais sinais visuais diretamente ao cérebro, permitindo que as pessoas percebam formas e contornos de maneira funcional.
De acordo com os cientistas, o Gennaris tem o potencial de restaurar a percepção visual ao estimular eletricamente o córtex visual, a área do cérebro responsável por processar informações visuais. Os pesquisadores também expressam a esperança de que a tecnologia possa ser adaptada para recuperar movimentos em braços de indivíduos com tetraplegia.