Gracinha retorna ao MADA após o lançamento do disco "Corpo Celeste" - O POTI

Gracinha retorna ao MADA após o lançamento do disco “Corpo Celeste”

Gracinha tem conquistado o público com um estilo único. Foto: Luana Tayze.

Em 2018, ao lado da irmã Érica, a cantora Gracinha vivenciou um momento marcante e especial: assistir ao show de uma de suas inspirações, a cantora Pitty, no Festival MADA. A apresentação de um dos maiores nomes do rock nacional serviu como fonte de inspiração para a artista que, naquele mesmo ano, subiu aos palcos com sua antiga banda, “Demônia”. Agora, em 2024, as duas retornam ao palco do festival. 

Na contagem regressiva para a edição deste ano do Festival MADA, a cantora Gracinha compartilhou suas experiências e expectativas em uma entrevista para O POTI. A artista, que participou do evento no ano passado, relembrou a energia única do show e a recepção calorosa do público, antes mesmo de lançar o seu primeiro trabalho musical solo. 

Agora, com o lançamento do álbum “Corpo Celeste“, Gracinha volta ao MADA com uma expectativa ainda maior: “Esse ano vai ser diferente. Lançamos o disco em maio, e agora, voltar com as músicas que as pessoas já conhecem, que estão nas plataformas digitais, vai ser muito especial”, disse a artista. Ela destacou o sucesso que as músicas têm alcançado, tanto em Natal quanto em outros estados, onde o público vem abraçando a sua arte. Confira a entrevista: 

O POTI: Como foi tocar no MADA de 2023, uma edição super especial e comemorativa dos 25 anos do Festival? 

GRACINHA: Eu já havia tocado em edições anteriores com um outro projeto, que era a banda Demônia, em 2018. Então, tocar com o meu projeto solo com tão pouco tempo foi muito legal, porque validou o nosso trabalho de uma forma muito bonita. As pessoas foram assistir o show, prestigiar o trabalho e teve uma energia linda, palco belíssimo do Festival MADA, na Arena das Dunas, isso foi muito legal.

O POTI: EM 2024 você retorna com o “Corpo Celeste”, que tem feito muito sucesso e conquistado muitos fãs. Como tem sido essa recepção do público? 

GRACINHA: Tá sendo além do que eu tava esperando. O pessoal aqui em Natal tá gostando muito e a gente tá recebendo mensagem de outros estados também. Até o final do ano, a gente vai tocar em outros lugares do Brasil. Algumas das músicas eu fiz no meu quarto, quando era adolescente, e ver que as pessoas cantam nos shows é muito emocionante. Eu nunca pensei que fosse acontecer, porque eu sou uma pessoa que canta há muito tempo. Cantava em barzinho, essas mesmas músicas em voz do violão. Então fazer um show com uma banda, ver as pessoas cantando junto, é muito emocionante e muito bonito.

Ao lado da sua banda, Gracinha tem conquistado fãs. Foto: Eduardo Viana.

O POTI: No seu ponto de vista, qual a importância de um festival como o MADA em Natal? 

GRACINHA: Sem palavras! Pra gente que mora aqui no Rio Grande do Norte, trabalha com música e consome música, ter um festival como o MADA é um vislumbre do que a gente pode fazer. A gente tem um palco no nosso próprio estado que dá essa oportunidade, essa visibilidade. E também, a gente conhecer coisas novas enquanto público também, conhecer artistas. Tem essa troca com outros artistas ali no backstage, no camarim. Então, a partir desses momentos que a gente vive ali atrás, pode às vezes surgir uma amizade, uma parceria musical, uma ajuda mesmo. 

O POTI: Como você define a sua música e quais as suas principais inspirações?

GRACINHA: A minha música caminha muito pelo rock Psicodélico, então eu me inspiro muito e manda brasileiras como Ave Sangria, Boogarins, cantoras como Jadson por exemplo, que passeiam pelo pelo rock, mas é uma coisa que puxa um pouco para o para o Jazz também. Acho que tudo é inspiração também, não só música. É a vida como um todo.

O POTI: E como é viver de música e ter a arte como a sua profissão? 

GRACINHA: A música para mim é cura. Eu só eu comecei a compor e fazer música para poder me curar e conseguir expressar as minhas dores. Dores muito internas que vêm não só comigo, mas com todas as mulheres que compartilham da mesma vivência que eu: uma mulher negra, lésbica. As canções foram uma forma de me expressar. Sinto que cada vez que eu subo no palco, eu me curo um pouquinho dessas dores. Acho que a música salva você tanto como artista, como quanto ouvinte. Uma vida sem música é uma vida muito triste.

Para acompanhar o trabalho e apoiar a artista, siga Gracinha nas redes sociais e escute suas canções nas plataformas de streaming.

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