Em Tibau do Sul, uma crise tem afetado algumas das principais praias turísticas da região, como a Praia do Amor, Praia do Madeiro e Praia do Centro, que integram a região da Praia da Pipa, principal destino turístico do Rio Grande do Norte. De acordo com denúncias do movimento ambiental “Todos pelo Chapadão“, as áreas vêm sofrendo com o aumento do nível do mar e correntes intensas, que têm levado à destruição de estruturas comerciais. Nesta quinta-feira (19), o dia amanheceu com barracas em ruínas.
De acordo com representantes do movimento, a causa principal do problema não é a ação da natureza, mas a ocupação irregular e desordenada das áreas costeiras.
“A ausência de fiscalização eficaz e de políticas públicas voltadas para a preservação do meio ambiente resultou na ocupação irresponsável dessas áreas sensíveis, onde não deveria haver qualquer tipo de construção”, afirma um dos líderes da iniciativa.
O movimento também denuncia que, apesar de inúmeras tentativas de alertar as autoridades sobre a gravidade da situação – incluindo denúncias ao Ministério Público e ações judiciais – até o momento, nenhuma ação concreta foi tomada para controlar a ocupação ilegal e evitar danos maiores ao ecossistema da região.
Além dos impactos ambientais, a crise afeta diretamente a economia local.
“Moradores, empresários e turistas estão pagando o preço pela inércia do poder público. O colapso das barracas de praia afeta diretamente a economia local e a experiência dos visitantes. Entretanto, este é um processo inevitável diante da elevação contínua do nível do mar e da erosão das falésias”, segundo o Movimento.
A solução para o problema, segundo os ativistas, passa pela implementação de políticas públicas que garantam a preservação das áreas de proteção ambiental, além de regras claras para novos empreendimentos.
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Movimento organiza manifestação em defesa do Chapadão de Pipa para o sábado (20)