Em ato na Avenida Paulista, Bolsonaro prega pacificação e pede anistia para condenados pelo 8 de janeiro - O POTI

Em ato na Avenida Paulista, Bolsonaro prega pacificação e pede anistia para condenados pelo 8 de janeiro

Pastor Silas Malafaia fez uma manifestação calculada para não complicar ainda mais juridicamente o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução/YouTube.

Neste domingo (25), a Avenida Paulista, em São Paulo, foi palco de uma manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atraindo cerca de 750 mil pessoas, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), enquanto uma estimativa da Universidade de São Paulo (USP) indicou a presença de aproximadamente 185 mil pessoas.

O evento teve início às 15h, mas desde o final da manhã, apoiadores do ex-presidente já ocupavam parte da avenida. Autoridades políticas também marcaram presença, incluindo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), além de deputados federais e senadores.

Acompanhado do governador Tarcísio de Freitas e da antiga primeira-dama Michelle, Bolsonaro chegou à avenida por volta das 14h40, portando uma bandeira de Israel.

Durante seu discurso, Bolsonaro enfatizou a busca pela “pacificação” e mencionou o desejo de “passar uma borracha no passado”. Ele solicitou ao Congresso Nacional a elaboração de um projeto de lei para anistiar os envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, chamando-os de “pobres coitados”. No entanto, ressaltou a necessidade de responsabilização daqueles que depredaram o patrimônio.

O ex-presidente também refutou as acusações de planejar um golpe de Estado, dizendo que suas ações seguem os preceitos constitucionais. Além disso, enfatizou a representatividade do movimento que o apoia.

O pastor Silas Malafaia também fez parte dos oradores do evento, manifestando apoio a Bolsonaro e criticando ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Malafaia afirmou que Bolsonaro é o “maior perseguido político” da história do país e disse que, caso seja preso, sairá “exaltado”.

Responsável pela organização e custos do evento, Malafaia informou que o valor total foi de aproximadamente R$ 100 mil, incluindo despesas com trios elétricos, ambulâncias e segurança.