O Rio Grande do Sul está enfrentando uma das piores crises naturais de sua história recente. Os números são alarmantes: até o momento, foram confirmadas 90 mortes decorrentes dos temporais, com outros quatro óbitos sob investigação para determinar se estão relacionados aos eventos meteorológicos recentes. Além disso, há 132 pessoas desaparecidas e 361 feridos em todo o estado.
A situação é preocupante também para os potiguares que se encontram no estado por motivos diversos e não conseguem voltar pra casa. Gabriela Moreira, uma empreendedora de Natal, foi uma dessas pessoas surpreendidas pelas chuvas enquanto estava em Porto Alegre para se despedir de sua avó, que está em estágio terminal no hospital.
Em um relato angustiante, Gabriela descreve a difícil situação em que se encontra, presa na cidade sem conseguir retornar a Natal. Seu voo, originalmente programado para o dia 8, foi adiado para o dia 15, e agora enfrenta a incerteza devido ao fechamento do Aeroporto Salgado Filho até o dia 30 de maio. Gabriela compartilha sua preocupação não apenas com a impossibilidade de voltar para casa, mas também com a situação de sua avó e a logística para cuidar dela e da família nesse momento tão delicado.
“Minha família que mora fora está toda aqui, todos vieram se despedir da minha avó. Além de estamos passando por essa situação triste, ainda estamos vivendo essa confusão aqui”, disse.
Gabriela contou nas redes sociais o que está passando em Porto Alegre:
A empreendedora relata ainda que a situação na cidade é caótica, com ruas sem luz e dificuldade de encontrar abrigo.
“Agora eu não sei quando que eu volto. Está uma loucura aqui! Eu estou no centro, na parte de baixo, onde tudo está acontecendo. A energia do hotel acabou porque não tem diesel para o gerador e a gente não acha outro local pra ficar”, relatou Gabriela.
A situação no Rio Grande do Sul continua sendo monitorada de perto pelas autoridades locais e pela população em geral. Enquanto isso, a solidariedade e apoio mútuo entre os afetados, incluindo os potiguares presos na região, são fundamentais para enfrentar esse momento de crise e incerteza.
