Esposa e filho de Faustão apoiam projeto de doação presumida de órgãos - O POTI

Esposa e filho de Faustão apoiam projeto de doação presumida de órgãos

A família de Faustão conversou com parlamentares favoráveis ao projeto. Foto: Reprodução/ Instagram.

Luciana Cardoso e seu filho João Silva, respectivamente esposa e filho de Faustão, estiveram na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (12) para apoiar a causa da doação presumida de órgãos.

No Brasil, a legislação atual estabelece que, mesmo que uma pessoa tenha expressado o desejo de doar seus órgãos em vida, a decisão final sobre a doação cabe à família após sua morte. Isso significa que a vontade do doador nem sempre é efetivamente respeitada. No entanto, em 2017, o Senado aprovou um projeto de lei que propõe que a família não tenha o poder de interferir na doação de órgãos de indivíduos com morte cerebral que tenham manifestado em vida o desejo de serem doadores.

Atualmente, essa proposta está em tramitação na Câmara dos Deputados e está pronta para ser incluída na agenda de votações do Plenário.

A família de Faustão se reuniu com parlamentares que apoiam o projeto. O apresentador passou recentemente por um transplante de coração, sendo priorizado na fila de espera devido à gravidade de seu caso.

Segundo a proposta em análise na Câmara, também será possível expressar a vontade de não ser doador, desde que a decisão seja registrada em um documento público de identidade. Além disso, a autorização não será presumida para pessoas sem documentos, menores de 16 anos e pessoas com deficiência mental, ficando a decisão a cargo de seus familiares.

Luciana Cardoso acredita que essa iniciativa pode simplificar a burocracia que envolve os transplantes de órgãos, beneficiando não apenas as 60 mil pessoas que aguardam um transplante, mas também aliviando a carga emocional das famílias envolvidas.

Seu filho mais velho, João Silva, enfatizou a importância do apoio público e da imprensa para impulsionar a discussão e a votação urgente dessa proposta. Os autores do projeto esperam aprovar um requerimento de urgência para que a proposta seja votada diretamente em plenário na Câmara.