Deputado usou a tribuna para defender policiais militares acusados de homicídio e criticar a deputada Natália Bonavides
Em um discurso acalorado, o deputado federal Sargento Gonçalves (PL) criticou duramente a deputada Natália Bonavides (PT), mandando-a “lavar a boca” antes de falar da Polícia Militar. A declaração ocorreu após Bonavides comparecer, na terça-feira (4), a 1ª Vara Criminal da Comarca de Parnamirim, para prestar solidariedade a família de Giovanni Gabriel de Souza Gomes, de 18 anos, assassinado em 2020. No local, aconteceria o júri popular dos quatro policiais militares acusados da morte do jovem. A assessoria da deputada informou que ela não participou do ato.
“Deve ser muito medo da nossa pré-candidatura a prefeita de Natal, pra chegar ao ponto de inventar que ir dar abraço de solidariedade em uma mãe e um pai que tiveram o filho estudante assassinado significaria pedir o fim da polícia”, disse a assessoria.
Já Gonçalves, expressou total solidariedade aos quatro policiais acusados de homicídio. Ele afirmou que os militares são inocentes e vítimas de injustiça. Segundo o deputado, esses policiais já foram absolvidos das acusações de sequestro e ocultação de cadáver, o que, para o deputado, evidencia que também não cometeram o homicídio.
“Esses policiais são grandes guerreiros com relevantes serviços prestados à sociedade de Natal e Rio Grande do Norte, e merecem reconhecimento, não perseguição,” destacou Sargento Gonçalves.
O parlamentar defendeu que os policiais acusados são merecedores de respeito e reconhecimento por sua atuação em prol da segurança pública.
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Entenda o caso
Giovanni Gabriel de Souza Gomes, de 18 anos, desapareceu depois que saiu da casa onde vivia com a mãe, a irmã e o padrasto, no bairro Guarapes, na manhã do dia 5 de junho de 2020 para ir de bicicleta à casa da namorada, em Parnamirim. Seu corpo foi encontrado dias depois com sinais de violência. As investigações apontam que ele foi confundido com um assaltante de carro e executado por policiais militares. Em março, os policiais foram absolvidos das acusações de sequestro e ocultação de cadáver, mas a acusação ainda os responsabiliza pela morte. O julgamento acabou neste dia 4 de junho e foi adiado para o início do mês de julho. Segundo o promotor de Justiça Vinicius Lins, era necessário formar sete jurados para o julgamento, número que não foi alcançado devido à falta de consenso em relação aos nomes. Ao todo, 19 jurados compareceram.