Neste domingo (5), o governo federal oficializou o estado de calamidade pública para 336 municípios do Rio Grande do Sul em decorrência das intensas chuvas que assolaram a região. Segundo informações, o desastre climático já deixou 78 mortos e 105 desaparecidos, abrangendo dois terços do estado.
A situação, considerada a pior da história recente do Rio Grande do Sul, tem provocado o isolamento de várias comunidades, além da destruição de estradas e pontes, deixando moradores aguardando por resgate. A falta de energia elétrica e água afeta centenas de milhares de pessoas na região.
A medida, anunciada por meio de uma edição extra do Diário Oficial da União, visa agilizar o repasse de verbas federais para os locais afetados, possibilitando uma resposta mais eficiente diante da tragédia. Em paralelo, o governo federal e o Congresso Nacional estão preparando um “orçamento de guerra” específico para o Rio Grande do Sul.
O governador Eduardo Leite tem defendido a implementação de um plano de reconstrução semelhante ao Plano Marshall, que auxiliou na recuperação da Europa Ocidental após a Segunda Guerra Mundial.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou o estado ontem, acompanhado por uma comitiva composta por ministros, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas.
Durante uma coletiva de imprensa, Lula ressaltou a importância de medidas preventivas e anunciou que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, irá propor um plano de prevenção aos desastres ambientais, visando evitar situações futuras como essa.