Governo federal registra arrecadação recorde de R$ 2,65 trilhões em 2024 - O POTI

Governo federal registra arrecadação recorde de R$ 2,65 trilhões em 2024

Quantia foi adiantada pelo Governo Federal. Foto: José Cruz.

A Receita Federal anunciou nesta terça-feira (28) que a arrecadação do governo federal em 2024 atingiu R$ 2,709 trilhões, o maior valor desde o início da série histórica, em 1995. Descontada a inflação, o montante equivale a R$ 2,653 trilhões, representando um crescimento real de 9,6% em relação a 2023.

O aumento da arrecadação foi impulsionado pela expansão da atividade econômica e pelo retorno da tributação sobre os combustíveis, que influenciou positivamente o recolhimento do PIS/Cofins. O crescimento da arrecadação do Imposto de Renda (IRRF Capital) sobre fundos de investimentos e a alta no Imposto de Importação e IPI vinculado à Importação também contribuíram para o resultado.

Desempenho econômico e principais tributos

Os indicadores de 2024 demonstraram um bom desempenho do setor produtivo:

  • Produção industrial cresceu 3,22%
  • Vendas de bens tiveram alta de 3,97%
  • Setor de serviços expandiu 2,9%
  • Importações em dólar subiram 8,65%
  • Massa salarial cresceu 11,78%

Entre os tributos com maior arrecadação, destacam-se:

  • Cofins/PIS-Pasep: R$ 541,7 bilhões (+18,6%)
  • Contribuições previdenciárias: R$ 685 bilhões (+5,34%)
  • Imposto sobre Importação e IPI-Vinculado: R$ 109,6 bilhões (+33,75%)
  • IRRF-Rendimentos de capital: R$ 146,5 bilhões (+13,12%)
  • IRPJ e CSLL: R$ 502,7 bilhões (+2,85%)

Arrecadação por setores

Os segmentos com maior crescimento na arrecadação foram:

  • Comércio atacadista: R$ 171,2 bilhões
  • Entidades financeiras: R$ 288,6 bilhões
  • Combustíveis: R$ 105,3 bilhões
  • Atividades auxiliares do setor financeiro: R$ 86 bilhões
  • Fabricação de automóveis: R$ 63,9 bilhões

Em dezembro de 2024, a arrecadação somou R$ 261,2 bilhões, com crescimento real de 7,78% em relação ao mesmo mês de 2023.

O resultado confirma a retomada da economia e a eficácia das políticas fiscais no último ano, consolidando 2024 como o maior volume de arrecadação já registrado no país.