Guerra na América do Sul? Maduro quer anexar território da Guiana; plebiscito aprova - O POTI

Guerra na América do Sul? Maduro quer anexar território da Guiana; plebiscito aprova

Nicolás Maduro comemorou o resultado do plebiscito diante de uma multidão em Caracas. Foto: Marcelo Camargo/EBC.

Os países da América do Sul vivem um momento tenso enquanto a ditadura de Nicolás Maduro tenta anexar um território de 160 mil quilômetros quadrados da Guiana. A área é alvo de disputa há muito tempo, mas se intensificou recentemente após a descoberta de petróleo na região.

Até 2028, a Guiana pode se tornar um dos 20 principais produtores de petróleo do mundo, com uma produção diária de até 1,2 milhão de barris. Além disso, a região produz ouro e diamantes.

A anexação é apoiada por 95% dos venezuelanos que votaram um plebiscito proposto por Maduro. Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), 10.554.320 pessoas querem que o território de Essequibo seja da Venezuela.

Demos os primeiros passos em uma nova etapa histórica para lutar pelo que é nosso (…) e o povo venezuelano falou em alto e bom som”, comemorou Maduro diante de uma multidão em Caracas.

O presidente da Guiana, Irfaan Ali, disse que vai usar a diplomacia para defender o seu país e garantir a segurança das fronteiras. “Não há nada a temer nas próximas horas, dias e meses”, declarou Ali.

O presidente Lula (PT) criticou a possibilidade de um conflito entre os países vizinhos. Ele disse que a América do Sul não precisa de “confusão”.

O que o Brasil tem feito?

Na última quarta-feira (28), o Ministério da Defesa brasileiro anunciou que acompanha o caso e enviou tropas à região. “O Ministério da Defesa tem acompanhado a situação. As ações de defesa têm sido intensificadas na região da fronteira ao Norte do país, promovendo maior presença militar”, disse a pasta em nota.

Diplomatas brasileiros dizem que uma iniciativa militar por parte dos venezuelanos é vista como remota, contudo, o tema deve ser tratado com cautela, principalmente porque a Venezuela realizará eleições presidenciais em 2024 e o assunto poderia ser usado politicamente por Maduro.