
O chefe do Hamas exilado na Faixa de Gaza, Khalil al-Hayya, declarou nesta quinta-feira (9) o fim da guerra com Israel e o início de um cessar-fogo permanente. O anúncio foi feito em um discurso televisionado, no qual o líder afirmou que o grupo recebeu garantias de Estados Unidos, mediadores árabes e Turquia sobre o encerramento do conflito.
“Hoje, anunciamos que chegamos a um acordo para pôr fim à guerra e à agressão contra nosso povo e iniciar a implementação de um cessar-fogo permanente, a retirada das forças de ocupação, a entrada de ajuda humanitária”, afirmou al-Hayya.
O acordo prevê a abertura da passagem de Rafah, localizada no sul de Gaza, na fronteira com o Egito, em ambas as direções, permitindo a entrada de ajuda humanitária. Além disso, 250 palestinos condenados à prisão perpétua serão libertados, assim como 1.700 prisioneiros de Gaza detidos desde 7 de outubro de 2023, data de início do conflito.
Em nota das Brigadas Al-Qassam, braço armado do Hamas, al-Hayya ressaltou que o grupo respondeu ao plano apresentado pelos Estados Unidos com “grande responsabilidade”, atendendo aos interesses e direitos do povo palestino.
“O povo da Faixa de Gaza travou uma guerra como nenhuma outra que o mundo já viu, confrontando a tirania do inimigo, a brutalidade de seu exército e seus massacres”, acrescentou.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira que os reféns do Hamas serão libertados na segunda (13) ou terça-feira (14). Ele também anunciou a intenção de viajar ao Oriente Médio para celebrar o acordo, destacando que espera que seja uma paz duradoura e permanente na região.
“Acho que será uma paz duradoura, espero que seja uma paz eterna. Paz no Oriente Médio”, declarou Trump durante reunião de gabinete na Casa Branca.













