Ipanguaçu decreta calamidade pública por causas das chuvas intensas - O POTI

Ipanguaçu decreta calamidade pública por causas das chuvas intensas

Segundo o município, mais de 2,7 mil pessoas estão em áreas ilhadas, após sangrias e aumento do nível de rios da região. Foto: Reprodução.

A Prefeitura de Ipanguaçu, no Oeste potiguar, emitiu um decreto de estado de calamidade pública em áreas impactadas pelas chuvas intensas desde o último fim de semana. Segundo autoridades locais, a medida tem validade de 90 dias e visa atender às necessidades emergenciais da população afetada.

De acordo com informações da prefeitura, as chuvas intensas ocasionaram uma série de problemas, incluindo transbordamento de açudes, alagamento de residências, perda de pertences pessoais, formação de crateras, queda de árvores e danos nas redes de drenagem. Apesar disso, nesta terça-feira (2), a cidade não registrou novas precipitações.

O município relata que aproximadamente 700 famílias, totalizando mais de 2,7 mil pessoas, estão em comunidades isoladas devido às condições adversas. Os Bombeiros e a Defesa Civil estão trabalhando no transporte dos moradores.

A ponte sobre o Rio Açu, importante via de acesso entre Ipanguaçu e Assu, foi rompida devido ao aumento do nível do rio, provocado pelo transbordamento do açude Mendubim. Como resultado, os residentes das áreas rurais estão dependendo de barcos para se locomover entre as comunidades.

Mais de 20 famílias foram forçadas a evacuar suas casas devido ao risco de alagamento, com a maioria buscando abrigo com parentes. Atualmente, oito famílias estão alojadas em uma escola municipal.

O decreto municipal informou que as enchentes impactaram toda a zona rural do município, exceto as comunidades Pataxó, Arapuá e Pedrinhas, assim como a zona urbana, com exceção do bairro Centro. O objetivo principal da declaração de calamidade é facilitar a alocação de recursos e implementar medidas de assistência para mitigar os impactos das chuvas nas comunidades rurais e urbanas.

Como parte das ações emergenciais, o decreto estabelece a formação de um comitê de crise para monitorar a situação, permite a convocação de voluntários e autoriza a dispensa de licitação para a aquisição de bens necessários às operações de resposta ao desastre.