
Durante sua participação na Missa de Exéquias do Papa Francisco, neste sábado (26), no Vaticano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva exaltou a trajetória do pontífice, destacando seu papel como uma das figuras religiosas mais influentes do século 21. Acompanhado da primeira-dama, Janja da Silva, o chefe do Executivo afirmou que a cerimônia representou uma forma de retribuir o legado de um homem comprometido com a justiça social e a paz mundial.
“Perdemos o líder religioso mais importante deste primeiro quarto do século 21. Papa Francisco não era apenas um papa. Ele era um papa preocupado com a guerra de Gaza, com a fome, com as coisas que afligem o povo do mundo inteiro”, afirmou Lula a jornalistas logo após a cerimônia fúnebre.
O presidente também recordou o carinho dos brasileiros pelo líder da Igreja Católica. “Acho que foi uma dívida que nós pagamos a um homem que prestou serviços à humanidade”, declarou.
Lula ainda fez votos de que o sucessor do papa argentino siga os mesmos princípios que marcaram seu pontificado. “Queira Deus que o próximo papa seja igual a ele, com o mesmo coração dele, com os mesmos compromissos religiosos dele, com o mesmo compromisso no combate à desigualdade que tinha o papa Francisco. Volto para o Brasil certo de que nós cumprimos o nosso dever – como cristãos, como religiosos e como políticos. De vir ao enterro de uma pessoa admirável como o papa Francisco.”
Conflitos e diplomacia
Durante a visita ao Vaticano, Lula comentou também o recente encontro entre o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Embora tenha dito desconhecer o conteúdo da conversa, o líder brasileiro reforçou a necessidade do diálogo como caminho para a resolução da guerra entre Ucrânia e Rússia.
“O que é importante é que se converse pra ver se encontra uma saída pra essa guerra. Essa guerra está ficando sem explicação. Ninguém consegue explicar e ninguém quer falar em paz”, afirmou.
Segundo Lula, o Brasil segue defendendo uma solução negociada para o conflito no Leste Europeu e também para a crise humanitária na Faixa de Gaza. “O Brasil continua teimando que a solução é a gente fazer com que os dois [líderes] sentem em uma mesa de negociação e encontrem uma solução. Não só para a Ucrânia e a Rússia, mas também para a violência que Israel comete contra a Faixa de Gaza”, concluiu.
*Com Informações de Agência Brasil