Nesta quarta-feira (3), o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) concluiu a instalação da maior rede de monitoramento do potencial eólico offshore do Brasil, no município de Paracuru, no Ceará. Por meio de feixes de Laser, a tecnologia capta informações sobre o vento que serão analisadas por pesquisadores.
Os estudos são realizados por meio de convênio com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e abrangem 38,6% do litoral do país, área conhecida como Margem Equatorial Brasileira. Seis pontos de medição distribuídos do Rio Grande do Norte ao Amapá fornecerão subsídios para o estudo. O mapeamento é o maior com foco em energia eólica offshore, no Brasil.
Segundo o coordenador de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) do ISI-ER, Antonio Medeiros, “o objetivo é acumular os dados medidos para comparar com simulações que também estão em desenvolvimento, validar ao final e então apresentar o potencial energético da área”.
Equipes nas áreas de engenharia, geografia, geologia, oceanografia, meteorologia, além de eletricistas, tecnólogos e técnicos em eletrotécnica e mecânica participam do processo. As medições do projeto tiveram início em 2022, no Rio Grande do Norte, o estado que lidera a produção brasileira de energia eólica em terra e uma das zonas de investimentos potenciais também no offshore, com 14 projetos à espera de licenciamento no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Para além do mapeamento, a rede deve colaborar para que as indústrias enxerguem quais os melhores locais para fazer o aproveitamento energético do país e, do ponto de vista social, garantir dignidade energética para as populações que estão no entorno desses investimentos.