
Mais de 27,2 mil trabalhadores do setor privado com carteira assinada no Rio Grande do Norte já contrataram empréstimos por meio do programa Crédito do Trabalhador, iniciativa do Governo Federal que utiliza o saldo do FGTS como garantia para oferecer juros mais baixos. Até a última quarta-feira (7), o montante movimentado no estado chegou a R$ 130,54 milhões, com valor médio de R$ 4,7 mil por contrato e parcelas mensais em torno de R$ 274,60.
Para o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, a proposta representa um alívio no orçamento das famílias. “O programa melhora a qualidade de vida das famílias trabalhadoras, que podem tomar um crédito com juros mais baixos, visto que os empréstimos têm garantias que chegam a 10% do FGTS”, afirmou. Ele destacou ainda a importância da responsabilidade ao contratar o serviço: “O trabalhador precisa ter cautela para fazer o empréstimo e pesquisar as melhores taxas”.
A nível nacional, o Crédito do Trabalhador já aprovou mais de R$ 10 bilhões em empréstimos consignados, beneficiando cerca de 1,8 milhão de celetistas. A média por operação no país é de R$ 5,4 mil, com prestações de R$ 323,76 e prazo de pagamento em até 17 meses.
Possibilidade de migração de dívidas antigas
O programa também permite, desde 25 de abril, a migração de dívidas antigas – tanto de empréstimos consignados como de crédito direto ao consumidor (CDC). Essa possibilidade adicionou R$ 2 bilhões ao total liberado em apenas 12 dias. A partir do próximo dia 16 de maio, os trabalhadores contarão com a portabilidade: será possível transferir o débito para instituições financeiras que ofereçam juros mais baixos. “A portabilidade favorece o trabalhador, pois a instituição financeira poderá perder o empréstimo do CDC ou do consignado para outro banco se não oferecer taxas melhores”, explicou Marinho.
Entre os bancos participantes, o Banco do Brasil lidera a concessão de crédito, com R$ 2,7 bilhões contratados, sendo a maior parte voltada à quitação de dívidas com juros mais altos. Ao todo, 35 instituições financeiras integram o programa.
Estado é o maior no número de adesões proporcionais
O Rio Grande do Norte se destaca entre os estados com maior adesão proporcional ao programa, com um percentual de trabalhadores celetistas contratando empréstimos superior ao de outros estados, considerando o número de pessoas elegíveis. Já em valores absolutos, os maiores volumes foram registrados em São Paulo, Minas Gerais (R$ 853 milhões), Rio de Janeiro (R$ 835 milhões), Paraná (R$ 681 milhões) e Rio Grande do Sul (R$ 677 milhões).
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