As exportações do Rio Grande do Norte no primeiro trimestre de 2024 cresceram 19,8%, impulsionadas principalmente pelo sucesso do setor de fruticultura, em especial o melão potiguar, segundo o Boletim da Balança Comercial do RN de março, elaborado pela Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae no estado.
O clima favorável provocado pelo El Niño no semiárido brasileiro contribuiu para uma safra abundante de melões na região, enquanto a redução na produção da Espanha, devido a problemas climáticos, aumentou a demanda por melões de outras origens, como os produzidos no Rio Grande do Norte.
Entre janeiro e março de 2024, o estado enviou para o mercado internacional mais de 55,8 mil toneladas de melão, gerando negociações que totalizaram US$ 39,4 milhões. Esse valor representa uma fatia de 23% do volume total exportado pelo RN nos três primeiros meses do ano, alcançando um montante acumulado de US$ 171,5 milhões.
Além do melão, outras mercadorias contribuíram para o desempenho positivo das exportações potiguares em março. Óleos combustíveis, melancias frescas, sal marinho e mamões frescos figuram entre os produtos mais exportados, respondendo por cerca de 63,2% de todo o volume gerado pelas exportações do estado no mês.
As perspectivas para o setor de melões são otimistas, conforme previsões da HortifrutI Brasil, ligada à Universidade de São Paulo. É esperado que a safra 2023/24 apresente resultados ainda melhores tanto em termos de produção quanto comerciais. A regularidade no fechamento dos contratos e a redução nos custos de produção, incluindo preços mais baixos de transporte e embalagens, são fatores que contribuem para essa expectativa positiva.
No entanto, o cenário positivo nas exportações é contrabalançado pelas importações do estado, que também registraram aumento em março. A gasolina foi o item mais importado, seguida por células e painéis fotovoltaicos. No acumulado do ano, as importações potiguares aumentaram em 70,8% em relação ao mesmo período de 2023, atingindo um total de US$ 114,2 milhões.
Apesar desse aumento nas importações, o Rio Grande do Norte encerrou o trimestre com um superávit na balança comercial de US$ 57,3 milhões, demonstrando a força do comércio exterior do estado e sua capacidade de se manter competitivo no mercado global.