O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou a mais recente atualização do Cadastro de Empregadores que submeteram trabalhadores a condições similares à escravidão, conhecido como “lista suja”. Com um número recorde, um total de 248 empregadores foram adicionados à lista, sendo 43 deles devido a práticas de trabalho análogo à escravidão no âmbito doméstico.
As atividades econômicas com maior incidência de empregadores nesta atualização são:
- Trabalho doméstico: 43
- Cultivo de café: 27
- Criação de bovinos: 22
- Produção de carvão: 16
- Construção civil: 12
Essa atualização, realizada semestralmente, serve para aumentar a transparência nos atos administrativos resultantes das ações fiscais de combate ao trabalho análogo à escravidão. Auditores-fiscais do trabalho do MTE conduzem essas ações, muitas vezes com a colaboração de entidades como a Defensoria Pública da União (DPU), o Ministério Público Federal (MPF), o Ministério Público do Trabalho (MPT) e órgãos policiais.
A inclusão na lista ocorre após o término do processo administrativo que julga o auto específico de trabalho análogo à escravidão. Mesmo após a inclusão, o nome de cada empregador permanece publicado por dois anos, conforme a legislação. Nesta atualização, 50 nomes foram excluídos após completarem esse tempo de publicação.