O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os resultados do módulo Segurança Alimentar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, apontando o Rio Grande do Norte como o estado nordestino com a melhor taxa domiciliar de segurança alimentar. Segundo os dados, 66,6% dos lares potiguares garantem o acesso permanente à alimentação adequada, no último trimestre de 2023.
A segurança alimentar, que se refere ao acesso contínuo da população a alimentos que atendam às suas necessidades nutricionais, é um indicador fundamental para a qualidade de vida dos cidadãos. Além disso, o estado registra a menor proporção de insegurança alimentar grave, com apenas 4,9% dos domicílios nessa situação.
Os números foram obtidos por meio da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), adotada como referencial metodológico na pesquisa, realizada em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.
Comparando com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018, o Rio Grande do Norte apresenta um avanço significativo: a proporção de domicílios com acesso regular e permanente a alimentos de qualidade e quantidade aumentou de 59% para 66,6% em 2023. Enquanto isso, a proporção de domicílios em situação de insegurança alimentar grave reduziu de 7,6% para 4,9%.
A PNAD Contínua também forneceu uma escala de insegurança alimentar, classificando os domicílios em três níveis:
- Leve: acontece em decorrência da falta de disponibilidade de alimentos, devido a problemas como sazonalidade;
- Moderada: quando a variedade e a quantidade de alimentos disponíveis ficam limitadas e prejudicam o consumo sob o ponto de vista nutricional;
- Aguda: quando não é possível fazer nenhuma refeição durante um dia ou mais.
Domicílios particulares permanentes por situação de segurança alimentar (%):
Região Nordeste
- RN: 66,6
- CE: 64,9
- PB: 64,1
- AL: 63,8
- PE: 62,5
- MA: 61,2
- BA: 60,0
- PI: 56,4
- SE: 50,8