Após meses de especulações e conflitos internos, Jean Paul Prates foi oficialmente demitido do cargo de presidente da Petrobras. A decisão foi tomada após a divulgação de um declínio de 38% no lucro do primeiro trimestre e a aprovação pelo conselho da empresa do pagamento de R$ 13,5 bilhões em dividendos.
Tudo começou com a não distribuição dos dividendos extraordinários de R$ 20 bilhões do quarto trimestre do ano passado pela Petrobras. Em vez disso, a estatal optou por distribuir R$ 14 bilhões, uma medida que dividiu opiniões e deu origem a conflitos internos. Esta decisão, embora tenha sido apoiada pelo presidente Lula e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi recebida com desagrado pelo então presidente da Petrobras e por outros membros do alto escalão, resultando na criação de dois grupos opostos dentro da empresa.
A situação se agravou quando Prates atribuiu a Lula a responsabilidade pelo bloqueio dos dividendos extraordinários, o que aumentou a tensão dentro da estatal. O presidente chegou a sondar Aloizio Mercadante como possível substituto, uma escolha que enfrentou resistência do mercado devido ao histórico do político de defender a intervenção estatal.
A Petrobras, a maior empresa do Brasil e também a mais visada pelos políticos, tem um valor de mercado superior a R$ 550 bilhões. No ano passado, a empresa registrou o maior lucro da bolsa, totalizando R$ 124 bilhões.
Petrobras anuncia saída de Jean Paul Prates; saiba o nome mais cotado para substituí-lo
