A Islândia vem se destacando na Europa ao adotar uma semana de trabalho mais curta, mantendo o mesmo salário e desempenho econômico positivo. Desde 2015, o país conduziu experimentos com jornadas de quatro dias, o que levou a uma ampla adoção da prática. Segundo a CNN, os testes não afetaram a produtividade ou o nível dos serviços e ainda trouxeram benefícios aos trabalhadores, como menos estresse e um melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Os testes ocorreram entre 2015 e 2019, com redução das horas de trabalho para 35 horas semanais, sem impacto nos salários. A experiência foi impulsionada por acordos liderados por sindicatos, e resultou na garantia de uma semana de trabalho reduzida para a maioria dos trabalhadores islandeses. Até 2022, 59% dos profissionais no país tiveram a possibilidade de trabalhar menos horas, com 28% reduzindo um dia completo, 22% flexibilizando suas horas em acordo com os gerentes e 19% optando por jornadas diárias mais curtas.
A redução da jornada na Islândia vem acompanhada de resultados econômicos promissores. O Produto Interno Bruto (PIB) do país registrou um crescimento de 4,1% em 2023, superior à média da Europa e da OCDE. Gudmundur D. Haraldsson, da Associação por Sustentabilidade e Democracia (Alda), definiu o modelo islandês como uma “história de sucesso”, ressaltando a economia forte e o impacto positivo das horas reduzidas.
Pesquisas realizadas pelo Instituto Autonomy, do Reino Unido, e pela Alda mostraram ainda uma baixa taxa de desemprego no país, de 3,6%, e um aumento na produtividade de 1,5%. A redução da jornada de trabalho teve um custo ao setor público de apenas 0,11% do orçamento nacional, segundo os especialistas. Will Stronge, diretor de pesquisa do Autonomy, enfatizou que o caso islandês serve como exemplo para outros países europeus que enfrentam desafios de produtividade, incentivando a adoção de novas estratégias para lidar com o problema.
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