Na noite de sexta-feira (10) e madrugada de sábado (11), uma tempestade solar de grande magnitude, considerada uma das mais poderosas dos últimos 20 anos, desencadeou uma série de auroras boreais e austrais em diversas partes do mundo. Especialistas alertam que, apesar do espetáculo no céu, essa tempestade pode gerar possíveis interrupções em satélites e redes elétricas durante o fim de semana.
O fenômeno, conhecido como ejeções de massa coronal (CMEs), envolve grandes emissões de plasma e campos magnéticos do Sol. A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) registrou o início das CMEs pouco depois das 16h, horário local (11h, no horário de Brasília).
Classificada como “extrema” pela NOAA, essa é a primeira tempestade geomagnética desse tipo registrada desde outubro de 2003, quando eventos semelhantes causaram apagões na Suécia e danos à infraestrutura energética na África do Sul. Espera-se que mais CMEs atinjam o planeta nos próximos dias.
Autoridades alertaram operadores de satélites, companhias aéreas e responsáveis pelas redes elétricas para adotarem medidas de precaução contra possíveis perturbações provocadas pelas mudanças no campo magnético da Terra.
Apesar das preocupações, a Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos declarou que “não antecipa nenhum impacto significativo no sistema de espaço aéreo do país”.
Registros fotográficos pelo mundo revelam as diversas tonalidades do céu, com destaque para o continente europeu e a Oceania, onde as auroras foram mais intensamente observadas.