
O União Brasil vai decidir na próxima quarta-feira (8) se expulsa o ministro do Turismo, Celso Sabino, por infidelidade partidária. A reunião da executiva nacional foi anunciada neste domingo (5) pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), por meio das redes sociais. Além da possível expulsão, o partido também deve discutir a dissolução do diretório estadual do Pará, presidido por Sabino.
“O União Brasil precisa ser comandado por quem realmente se posiciona contra o governo do PT e luta contra a venezuelização do Brasil”, afirmou Caiado.
A medida é uma resposta à decisão de Sabino de permanecer no governo federal, mesmo após o ultimato dado pela federação União Progressista, formada entre União Brasil e PP. O grupo havia determinado que todos os filiados com cargos na gestão federal deveriam se desligar, sob pena de expulsão.
No fim de setembro, o ministro chegou a apresentar pedido de demissão, mas recuou após pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em entrevista na última quinta-feira (2), Sabino declarou que apoiará o presidente “onde quer que esteja”.
O processo disciplinar contra o ministro foi instaurado no dia 30 de setembro e está sob relatoria do deputado Fábio Schiochet (União Brasil-SC), que deve apresentar parecer na reunião. Segundo o parlamentar, espera-se que Sabino “tenha coerência e siga a orientação do partido”.
A possível dissolução do diretório no Pará pode afetar os planos eleitorais de Celso Sabino, que pretende disputar uma vaga no Senado em 2026. Sua presença em eventos de grande visibilidade, como o Círio de Nazaré e a COP 30, que será realizada em Belém, é vista como uma estratégia de fortalecimento político.
O União Brasil, que no início do atual governo se colocava como parte da base de apoio de Lula, passou à oposição em 2025, ao lado do PP. Juntos, os dois partidos formam hoje a federação União Progressista, que conta com 109 deputados federais e 13 senadores, tornando-se o maior bloco parlamentar da Câmara.
Situação semelhante ocorre com o ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA), que também enfrenta pressão interna para deixar o governo, mas deve acompanhar Lula em agenda no Maranhão nesta segunda-feira (6).













