22% das empresas do setor de alimentação fora do lar operaram em prejuízo no mês de janeiro - O POTI

22% das empresas do setor de alimentação fora do lar operaram em prejuízo no mês de janeiro

A pesquisa da Abrasel foi realizada com empresários do setor entre os dias 19 e 26 de fevereiro no Rio Grande do Norte.

O número de empresas em prejuízo vem aumentando no Rio Grande do Norte no que diz respeito ao Setor de Alimentação Fora do Lar. É o que indica a pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do RN (Abrasel-RN). No mês de janeiro, 22% das empresas operaram em prejuízo, um crescimento de 9% em relação a dezembro. 

Mesmo assim, o cenário é visto com otimismo pela Associação, afinal 38% das empresas operaram em estabilidade e 40% fizeram lucro. Ainda sobre o resultado do mês, 49% dos bares e restaurantes tiveram desempenho menor em janeiro do que em dezembro, devido às comemorações de fim de ano.

De acordo com o presidente da Abrasel, Paolo Passariello, “janeiro é um mês em que os natalenses e mossoroenses migram em massa para as praias, para veranear. Então, alguns bairros especificamente tem uma queda acentuada no movimento. Por outro lado, bares e restaurantes das regiões turísticas, têm um grande impacto e um aumento de fluxo com o incremento do turismo regional, nacional e até de estrangeiros. O que nos deixa preocupados é o número de empresas que ainda operam sem lucro e que estão com dívidas em atraso. Esses números ainda permanecem altos.”

Aumento no Carnaval

A pesquisa corroborou a estimativa da Abrasel, mostrando que no carnaval, 74% dos estabelecimentos ficaram de portas abertas durante a folia. Destas, 40% disseram ter tido um aumento no faturamento em relação ao Carnaval do ano passado, que ficou, em média, nos 20%. Outros 12% tiveram um desempenho igual ao de 2023 e 36% ficaram abaixo.

Reajustes

Outro desafio enfrentado pelo setor é a dificuldade em reajustar os preços dos cardápios. Cerca de 40% dos estabelecimentos não conseguiram aumentar os preços nos últimos 12 meses, enquanto 48% realizaram reajustes conforme ou abaixo da inflação. Apenas 12% dos bares e restaurantes têm conseguido aumentar seus preços acima da inflação.