O presidente Luiz Inácio Lula da Silva exonerou Alessandro Moretti do cargo de diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Além disso, designou outros 7 novos diretores do órgão, quatro anteriores foram demitidos. Para ocupar o cargo de diretor-adjunto, o presidente nomeou Marco Aurélio Chaves Cepik, diretor da Escola de Inteligência da ABIN e professor titular de Relações Internacionais e Política Comparada na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
As demissões ocorrem após a Polícia Federal (PF) deflagrar uma operação que investiga um suposto esquema de produção de informações clandestinas, ou seja, espionagens, dentro da Agência durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e a gestão do então diretor e atual deputado federal, Alexandre Ramagem (PL-RJ). Um dos alvos da investigação é o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do ex-presidente.
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Segundo o colunista Tales Faria, da UOL News, o presidente Lula e outros membros do palácio do Planalto têm cobrado a Luiz Fernando Corrêa, chefe da Abin, que haja uma reformulação completa na Agência, com a ameaça de exonerar o diretor do cargo. “O Palácio do Planalto já entendeu que, hoje em dia, precisa de outra Abin e cobra o Luiz Fernando por isso. Se ele fizer, ficará no cargo. Se não, mesmo com todo o carinho que Lula tem, ele vai sair porque não está vendo que a Abin tem que mudar”, afirmou o colunista.