Na passagem dos meses de dezembro de 2023 e janeiro de 2024 o Brasil atingiu a primeira alta significativa nas vendas do comércio varejista desde o mês de setembro. Nesse intervalo as vendas aumentaram 2,5%.
Nos meses de outubro e novembro o setor enfrentou estabilidade (-0,3% e 0,2%, respectivamente) e uma ligeira queda em dezembro (-1,4%). Com isso, em janeiro o comércio operava 5,7% acima do patamar pré-pandemia, registrado em janeiro de 2020. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada pelo IBGE.
“O comércio varejista veio de dois meses mais fracos, em que os resultados foram bastante abaixo do que poderíamos ter visto. Esse é um comportamento que foi observado não só em 2024, mas também em outros anos, quando, por exemplo, houve queda nas vendas no fim de 2022 e uma recuperação em janeiro”, lembra o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.
Entre as atividades que mais avançaram em janeiro estão:
- Tecidos, vestuário e calçados – 8,5%;
- Equipamentos e materiais de escritório, informática e comunicação – 6,1%;
- Artigos de uso pessoal doméstico – 5,2%;
- Móveis e eletrônicos – 3,6%.
Segundo o Cristiano, a atividade de tecidos, vestuário e calçados foi a mais prejudicada durante a pandemia, quando registrou uma queda de 6,9%. “Esse setor ainda está longe de se recuperar das perdas da pandemia. Entre as atividades pesquisadas, é a segunda que está mais distante do patamar de fevereiro de 2020, perdendo, nesse sentido, apenas para o segmento de livros, jornais, revistas e papelaria, que está 46,7% abaixo desse nível”, pontua.
Já, um dos setores que mais cresceu em janeiro foi o de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumos (0,9%). O segmento, que é o de maior peso na pesquisa (55,5%), está no terceiro mês seguido no campo positivo.