Uma pesquisa realizada pela Genial/Quaest revelou uma crescente avaliação positiva do mercado financeiro em relação ao trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo os dados divulgados nesta quarta-feira (20), a aprovação alcançou 50%, representando um aumento de 7 pontos percentuais em comparação com o levantamento anterior, realizado em novembro do ano passado.
De acordo com a pesquisa, a avaliação negativa da atuação do ministro apresentou uma queda significativa, passando de 24% para 12%, enquanto aqueles que consideram seu trabalho como regular somam agora 38%, o que representa um aumento de 5 pontos percentuais em relação à última pesquisa.
A simpatia do mercado com Fernando Haddad também se reflete nas expectativas para a economia brasileira. Embora 71% dos entrevistados avaliem que a política econômica esteja no rumo errado, houve uma redução nas expectativas de piora nos próximos 12 meses, caindo de 55% para 32%. Para 47% dos entrevistados, a situação econômica permanecerá como está.
Com relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a pesquisa aponta que 32% dos entrevistados esperam que em 2024 o resultado fique acima do índice projetado pela pesquisa Focus do Banco Central, enquanto apenas 10% apostam em um PIB menor. A maioria, representada por 58%, acredita que a expansão da economia ficará no patamar estimado.
No que diz respeito à inflação, 46% dos entrevistados esperam uma redução em relação a 2023, enquanto 36% apontam para estabilidade e 19% para um aumento nos índices.
Quanto à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sobre a taxa básica de juros, a maioria esmagadora dos entrevistados, representada por 73%, espera mais dois cortes na Selic em 0,50 ponto percentual. O próximo passo dos juros será divulgado pelo colegiado nesta quarta-feira, sendo que a próxima reunião está marcada para maio.
No entanto, o cenário futuro ainda é incerto. Os analistas expressaram indecisão quanto à taxa terminal dos juros ao final deste ano, com diferentes projeções entre 9% e 9,75%. Na média, os entrevistados projetam juros de 9,26% até o final do ano.
Quando questionados sobre quem preferiam como sucessor de Roberto Campos Neto, presidente do BC, a maioria citou os atuais diretores Paulo Picchetti (26%) e Gabriel Galípolo (21%).
Esta é a sexta edição da pesquisa quantitativa intitulada “O que pensa o mercado financeiro”, realizada pela Genial/Quaest. Foram realizadas 101 entrevistas com fundos de investimento sediados no Rio de Janeiro e em São Paulo, entre os dias 14 e 19 de março. As entrevistas foram conduzidas online, por meio da aplicação de questionários estruturados.