Pela primeira vez na história do Rio Grande do Norte, os originais das raras obras da poetisa Auta de Souza serão reunidos em um evento único. A mostra intitulada “Auta para Todos”, promovida pelo Memorial do Legislativo Potiguar, apresentará as obras “Dhalias” (que concebeu o Horto), o próprio “Horto” e o “Livro do Coração” (ainda inédito em sua concepção original). A inauguração oficial está marcada para a próxima segunda-feira (8), às 15h, no auditório Deputado Cortez Pereira, sede da Assembleia Legislativa.
O evento também marcará o relançamento, em fac-símile, do livro “Horto”, em uma edição realizada em parceria com a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. O jornalista Alexandre Gurgel, chefe do Núcleo Historiográfico da Cultura Potiguar Presidente Café Filho, explicou que pela primeira vez serão expostos no Salão Nobre da ALRN objetos pessoais e imagens raras da poetisa e de seus familiares, além de obras literárias e musicadas em homenagem à potiguar.
Um aspecto pioneiro da mostra é a utilização da inteligência artificial, que dará vida e voz à Auta de Souza. Através de cinco banners com QR CODE, os visitantes poderão ouvir e visualizar a poetisa declamando cinco de seus poemas. A abertura da Mostra contará com a presença do presidente da Casa, deputado Ezequiel Ferreira, e incluirá a palestra “Falando ao coração. Recortes históricos sobre o resgate do pertencimento poético de Auta de Souza”, ministrada pelos pesquisadores e escritores especialistas na autora: Carlos Castim e Fábio Fidélis.
“É um acervo histórico, até então reunido de forma inédita numa única mostra para que todos os potiguares possam conhecer um pouco mais dessa notável potiguar”, afirma Alexandre Gurgel. A exposição incluirá exemplares das tiragens do “Horto” editadas, incluindo o exemplar conhecido existente no RN da primeira edição, impressa em 1900, além da mais nova impressão em fac-símile.
O Memorial do Legislativo tema a parceria do Complexo de Ensino Noilde Ramalho (EDHC), da sobrinha-neta da homenageada, Maria Lúcia Zarzar, do historiador Anderson Tavares de Lyra e do Instituto Auta de Souza, através de seus idealizadores, Carlos Castim e Fábio Fidélis, que cederam ao Legislativo o rico acervo.