O prazo para a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre as explicações fornecidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em relação à sua permanência na embaixada da Hungria termina hoje (5). O caso foi encaminhado ao órgão pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para elaboração de um parecer.
A discussão gira em torno da alegação de que Bolsonaro teria buscado asilo ao passar dois dias na embaixada da Hungria, após ter seu passaporte apreendido e alguns aliados políticos presos. O ex-presidente nega veementemente essa acusação, e sua defesa argumenta que não há fundamentos lógicos para tal hipótese, negando qualquer intenção de fuga do país.
Bolsonaro esteve na embaixada húngara em Brasília de 12 a 14 de fevereiro, conforme revelado pelo jornal americano “The New York Times”. Ele está impedido de deixar o Brasil e foi obrigado a entregar seu passaporte por decisão de Alexandre de Moraes no início de fevereiro, no contexto de uma investigação sobre suposta tentativa de golpe de Estado.
Como alvo de investigações criminais no Supremo, Bolsonaro não poderia ser preso em uma embaixada estrangeira, pois estaria legalmente fora do alcance das autoridades brasileiras.