A Prefeitura de Natal anunciou oficialmente o consórcio DTA-AJM como vencedor da licitação para o projeto de alargamento da praia de Ponta Negra. A empresa com sede em São Paulo foi o selecionada entre três concorrentes, apresentando a proposta mais econômica, avaliada em R$ 73,7 milhões.
A DTA Engenharia, integrante do consórcio, possui experiência em obras semelhantes, como o alargamento da praia central de Balneário Camboriú e a dragagem de aprofundamento do Porto de Santos.
O consórcio será responsável pela execução de diversas obras, incluindo drenagem e aterro hidráulico para o preenchimento artificial da praia de Ponta Negra, bem como a complementação do calçadão da orla, conectando-o à Via Costeira.
Segundo a Prefeitura de Natal, a previsão é de que a obra tenha início em até 90 dias e seja concluída em mais 90 dias.
Antes do início efetivo da engorda da praia, a empresa deverá apresentar os projetos executivos ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) e obter a licença ambiental necessária. Uma licença prévia já foi emitida em julho de 2023.
Estima-se que serão utilizados 1,1 milhão de metros cúbicos de areia, provenientes de um banco de areia no mar próximo à costa, para alargar a praia em cerca de 4 quilômetros. A faixa de areia resultante terá até 100 metros de largura na maré baixa e 50 metros na maré cheia.
A iniciativa tem gerado preocupações entre os pescadores locais, que temem os possíveis impactos sociais e ambientais das obras, incluindo a incerteza sobre sua capacidade de continuar trabalhando durante esse período.
Em Balneário Camboriú, por exemplo, a erosão do mar levou à perda de 70 metros da área alargada cerca de dois anos após a conclusão da obra.