Em uma iniciativa pioneira, Minas Gerais anuncia a abertura do primeiro bar de vinhos flutuante do estado, denominado Almas Gerais. Este empreendimento, que representa um investimento de R$ 1,5 milhão, é parte do ambicioso projeto enoturístico Enovila, localizado no sul de Minas Gerais.
Dados da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) indicam um crescimento significativo na vitivinicultura do estado. Em 2020, Minas Gerais contava com aproximadamente 50 produtores de vinho, e atualmente, o número se aproxima dos 100, com mais de mil hectares de vinhedos. A expectativa é que, com a totalidade das áreas cultivadas em produção, o estado produza cerca de 4 mil toneladas de uva e 2,4 milhões de litros de vinho anualmente, movimentando cerca de R$ 120 milhões por ano.
Previsto para iniciar suas atividades em julho, o Almas Gerais não será um estabelecimento fixo; ao contrário, ele navegará pelas águas da represa do Funil, abrangendo uma área de 40,49 km² e incluindo os municípios de Bom Sucesso, Perdões, Ijaci e Ibituruna. O restaurante, desenhado como uma chalana, promete uma experiência dinâmica e diferenciada, oferecendo vistas panorâmicas e uma conexão íntima com a paisagem aquática.
A Enovila, o complexo enoturístico que engloba o Almas Gerais, está programada para ser inaugurada completamente em janeiro de 2027. O complexo incluirá uma vila de 60 casas baseadas em um modelo de compartilhamento. Os proprietários de cotas podem imergir nas operações vinícolas por quatro semanas ao ano, participando de todo o processo desde o plantio até a colheita, além de produzir seus próprios vinhos.
Inicialmente, o Almas Gerais estará aberto ao público geral aos finais de semana, enquanto nos dias úteis estará disponível para eventos privados. A longo prazo, conforme o número de sócios da Enovila crescer, o acesso ao bar será progressivamente restrito aos membros, reforçando sua exclusividade