O presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu, nesta quarta-feira (26), que as aposentadorias continuarão vinculadas ao salário mínimo, rejeitando qualquer possibilidade de desvinculação. Durante uma entrevista, Lula destacou que aumentar o salário mínimo é um investimento necessário, não um gasto.
Lula argumentou que o salário mínimo representa o essencial para a sobrevivência digna e criticou a ideia de resolver problemas econômicos apertando ainda mais o orçamento dos mais pobres.
“Se eu acho que vou resolver o problema da economia brasileira apertando o mínimo do mínimo, estou desgraçado”, afirmou.
Ele comparou sua visão à de Henry Ford, que defendia salários justos para que os trabalhadores pudessem consumir os produtos que fabricam.
“Se essa filosofia predominasse, o país estaria maravilhoso”, disse o presidente.
Lula também enfatizou que a política de valorização do salário mínimo será mantida enquanto ele estiver na presidência. Essa política prevê reajustes anuais com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e na variação positiva do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores. Caso o PIB não tenha crescimento real, o reajuste considera apenas o INPC.
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, mencionou que o governo está revisando os gastos, mas a discussão sobre possíveis mudanças nas vinculações de benefícios ainda está em fase interna. Entretanto, Lula reafirmou que a manutenção do poder aquisitivo através da reposição inflacionária é crucial para uma distribuição justa da riqueza no país.
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