Em uma entrevista concedida nesta sexta-feira (28) à rádio O Tempo, de Belo Horizonte (MG), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou a importância de manter os preços dos alimentos acessíveis para a população. A declaração foi feita em meio às discussões sobre a Reforma Tributária em tramitação no Congresso Nacional. “O preço do alimento para mim é uma coisa sagrada”, afirmou Lula, expressando a preocupação do Governo Federal em evitar a elevação da inflação, especialmente no que diz respeito aos alimentos.
Lula defendeu a isenção de impostos para os itens que compõem a cesta básica como uma das principais medidas da Reforma Tributária. “Agora mesmo, na Reforma Tributária, estamos discutindo o que vai entrar para pagar imposto ou não. Acho que tudo aquilo que for da cesta básica, que for elementar para o povo trabalhador, a gente não tem que cobrar imposto”, afirmou.
O presidente citou o preço do arroz como um exemplo de produto que precisa ser ajustado. “Eu vi no supermercado um saco de arroz de 5kg a R$ 36. Não é possível. Um saco de arroz de 5kg tem de estar R$ 22, R$ 23. Tem que estar de acordo com o poder aquisitivo do povo. O feijão é a mesma coisa. A carne barateou. Posso dizer que a picanha já barateou. Mas ainda é preciso baratear tudo para que o povo possa ter acesso”, explicou.
Lula também mencionou a retomada da política de estoques públicos de alimentos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), iniciada em junho do ano passado após um intervalo de seis anos. “A Conab não tinha estoque de alimento. Agora estamos fazendo com que tenha. Porque quando um produto estiver subindo, a gente coloca parte do estoque no mercado e barateia. Quando a gente quiser que as pessoas produzam uma coisa, a gente dá garantia de preço mínimo para produzir. Então, estamos equilibrando as coisas. Tenho certeza de que vamos baixar o custo de vida porque o povo precisa de alimento barato”, concluiu o presidente.