O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (22) novas projeções que indicam uma mudança na dinâmica populacional do Brasil. Segundo o estudo, a população brasileira, que deve alcançar seu pico de 220,43 milhões de habitantes em 2041, começará a diminuir a partir de 2042, com um declínio gradual até 2070, quando o país deverá ter 199,23 milhões de pessoas.
Esse fenômeno é atribuído principalmente à redução contínua da taxa de fecundidade, que em 2023 foi de 1,57 filhos por mulher, muito abaixo da taxa de reposição populacional de 2,1 filhos por mulher. A expectativa é que essa taxa continue caindo até 2041, chegando a 1,44 filhos por mulher, e, posteriormente, apresente uma leve recuperação, atingindo 1,5 filhos por mulher em 2070.
O Rio Grande do Norte é uma das unidades da federação que acompanhará essa tendência nacional de declínio populacional. O estado deverá alcançar seu ápice populacional em 2039, com 3.516.133 habitantes, antes de começar a encolher. Em 2070, a população potiguar deverá ser de 3.075.174 pessoas, uma redução de mais de 200 mil habitantes em relação ao censo mais recente.
Apesar desse declínio populacional, há um aspecto positivo: a expectativa de vida dos potiguares. O estudo do IBGE aponta que, até 2070, a esperança de vida ao nascer no Rio Grande do Norte deve chegar a 84,1 anos, o que posiciona o estado entre os mais longevos do Brasil. Atualmente, o estado já ocupa o primeiro lugar no Nordeste em expectativa de vida, com 77,1 anos, superando a média nacional.
A pesquisa também revelou que outros estados, como Alagoas, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, começarão a perder população já na próxima década. Enquanto isso, apenas Roraima e Santa Catarina devem manter um crescimento populacional até a década de 2060.