Na noite desta segunda-feira (23), o desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, do Tribunal de Justiça de Pernambuco, decidiu pela soltura da influenciadora e advogada Deolane Bezerra e de outros 16 investigados, em um processo que corre sob sigilo. A medida beneficia nomes como Darwin Henrique da Silva Filho, CEO da Esportes da Sorte, e Solange Bezerra, mãe de Deolane. Contudo, o cantor Gusttavo Lima, que também teve sua prisão decretada, não foi incluído na decisão. Entre os demais investigados estão José André da Rocha Neto, dono da VaideBet, e sua esposa, Aislla Rocha, que permanecem foragidos.
A decisão faz parte da Operação Integration, que apura uma suposta organização criminosa envolvida em jogos ilegais e lavagem de dinheiro. O desembargador Maranhão acatou os argumentos da defesa de Darwin Filho, que apresentou o pedido do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para substituir as prisões preventivas por medidas cautelares. Apesar da negativa inicial da juíza Andrea Calado da Cruz, a segunda instância reverteu a decisão.
Em seu despacho, o magistrado afirmou: “Constata-se que o titular da ação penal [MPPE] constatou inexistirem elementos para o oferecimento da denúncia, razão pela qual requereu a realização de diligências, o que, indubitavelmente, implica em constrangimento ilegal quanto à prisão preventiva dos pacientes.” O desembargador acrescentou que, sem indícios suficientes para a denúncia, a manutenção das prisões preventivas perde a razão de ser.
Embora a prisão tenha sido revogada, os réus continuam submetidos a medidas restritivas, como a proibição de mudar de endereço ou se ausentar sem autorização judicial. Eles também estão impedidos de participar de decisões ou frequentar empresas ligadas à operação e não poderão realizar publicidade para plataformas de jogos. O bloqueio de bens e valores permanece em vigor.