Por Luan Conceição e Ramon Soares
Trazendo uma fusão de diversos estilos, ritmos musicais e muita emoção, o Música Alimento da Alma (MADA) finalmente chegou. Nesta sexta-feira (18), o evento deu início à sua edição de 26 anos e mostrou porque mantém o título de maior festival de Natal. Com uma Arena das Dunas lotada na pista e no lounge, o MADA realizou mais uma noite de shows que farão história na vida de muitos fãs.
O Festival veio extremamente completo, como de costume. Além de toda a música boa que já era garantida, o MADA também teve área para descanso, lojinhas, bares, lanchonetes, estúdio de tatuagem, joguinhos, espaços para pessoas com deficiência e muito mais.
O samba de Xande, o rock de Pitty, o pop de Duda Beat, o rap de BK e os sets de DJ do Baile da Amada foram alguns dos ritmos que embalaram a noite e até o amanhecer. O arquiteto Luan Costa, que compareceu ao festival, comentou que teve as suas expectativas ultrapassadas:
“Foi super divertido. Não estava esperando tanto gostar da primeira noite, mas Pitty e Duda Beat foram grandes destaques dessa edição do festival. Tô bastante animado pra segunda noite”, afirmou.
Atrações trouxeram músicas para todos os gostos e estilos
Gracinha, que tem se destacado no cenário musical natalense, deu início à noite com músicas do seu álbum “Corpo Celeste”, lançado em maio deste ano.
Gracinha retorna ao MADA após lançamento do disco “Corpo Celeste”
Logo após, foi a vez de Ana Frango Elétrico e o seu estilo único trazerem diferentes ritmos e musicalidades aos palcos do MADA. Pra esquentar ainda mais quem estava chegando, o pernambucano Mago de Tarso levou o público à loucura, exaltando sonoridades e a identidade nordestina, mesclando trap, forró e manguebeat.
Xande de Pilares, com o seu “Xande Canta Caetano”, emocionou o MADA apresentando a sua interpretação de grandes clássicos de um dos maiores mestres da música brasileira. Quem acompanhou o show não se segurou com a alegria contagiante do samba, até mesmo quem não é experiente nessa arte. Ao final, Xande ainda trouxe alguns sucessos do Grupo Revelação, como “Velocidade da Luz” e “Deixa Acontecer”, fazendo todos cantarem o mais alto que podiam.
Depois, Pitty subiu ao palco do MADA com a missão de suprir as expectativas dos fãs, que tanto esperaram e pediram pelo seu retorno. E ela cumpriu a missão com maestria! Quem estava na pista pôde sentir de pertinho a energia da rainha do rock nacional, que performou canções de todos os seus álbuns e botou a galera pra cantar. Em um momento especial, quando o show já estava no finalzinho, as luzes se acenderam para mostrar o público cantando em um grande coro o verso “Não espere eu ir embora pra perceber que você me adora, que me acha foda”, emocionando a cantora.
Logo em seguida, Duda Beat chegou pra dar o nome. Com uma energia inigualável, muito carisma e um balé incrível, a cantora fez o povo dançar, cantar, ir até o chão e beijar na boca. A chuva ameaçou afastar a galera, mas parece ter entendido que nem mesmo isso era suficiente e parou antes mesmo do show acabar. Dona do “Tara e Tal”, um aclamado álbum que mescla elementos eletrônicos como house e techno com diversos outros ritmos, ela conversou com O POTI sobre a difusão cada vez maior do estilo em Natal:
“Acho maravilhoso que as pessoas estão ouvindo cada vez mais música eletrônica, música eletrônica misturada com os ritmos do nordeste, que tem tudo a ver. […] Acho maravilhoso que esses ritmos estejam crescendo, acho que fortalece a cena, a cena do pop alternativo, do underground e faz com que as pessoas consigam sonhar que um dia também podem estar nesse lugar”, Duda Beat.
O rapper BK, uma das atrações mais aguardadas na primeira noite do Festival, foi o responsável pelo “colapso”. Com suas letras e músicas, ele, considerado um dos nomes mais influentes do cenário do rap brasileiro, fez o Arena das Dunas tremer e pular junto. Cantando sucessos como “Amanhecer” e “Se eu não lembrar”, sua parceria com a cantora Marina Sena, ninguém ficou parado.
Baile da Amada cria balada diurna em Natal
O MADA sabe que o seu público tem muita energia pra gastar e não ia parar só nos shows principais. Por isso, trouxe mais uma vez o Baile da Amada, com sets de DJ que agitaram a galera. A primeira foi Badsista, que trouxe uma mescla de techno, trance, house e outros ritmos, botando a galera pra fritar.
Depois de fritar por uma hora, muitos tinham fogo para ainda mais. Foi aí que chegou DJ RaMeMes, o “Destruidor do Funk” e “Presidente do Sexo”, trazendo remixes de funk proibidão que colocaram o front para dançar e rebolar até pingar de suor. Já amanhecia quando a DJ Miss Tacacá chegou. Direto do Pará, ela trouxe toda a energia do technobrega contagiante que ninguém resiste e já começa a tremer.
E foi assim, com o sol já dando “oi” e a cidade de Natal acordando, que chegou ao fim o primeiro dia do Festival MADA. Aqueles que aproveitaram o momento ao máximo, inclusive os autores desta matéria, podem afirmar que estão cansados e quebrados depois de tanta agitação. Ainda assim, não acabou por aí, hoje (19) tem muito mais.
Segunda noite será poética e frenética
A primeira noite acaba, mas o Festival continua. O dia de hoje (19) promete ser para aqueles que amam poesia e não ficam parados. Cami Santiz, Ebony e Duquesa abrem a noite como estreantes, se apresentando pela primeira vez no MADA e já com grande expectativa do público, que aguarda a apresentação das três cantoras
Logo após, Fresno apresenta seus sucessos, que marcaram gerações, seguidos de BaianaSystem, Djonga e FBC. O público aguarda a noite de hoje para curtir, se divertir e, principalmente, se jogar. É a chance de não ficar parado e aproveitar toda a experiência proporcionada pelo MADA antes de se despedir e aguardar a próxima edição.
Relembre os horários e o mapa do Festival:
Com Pitty, Xande e Duda Beat, MADA divulga horários, palcos e mapa de shows