Gabriela Albuquerque se tornou a primeira engenheira biomédica a receber o título de doutora no Rio Grande do Norte. Para conseguir o título, ela, que também é pesquisadora do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN), construiu uma tese com o tema “Machine Learning Aplicado a Triagem de Osteoporose: modelo baseado na atenuação de ondas eletromagnéticas” no curso de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e da Computação.
A doutora conta que as disciplinas biológicas e de cálculo sempre foram suas favoritas. “Nas atividades de matemática na escola, normalmente eu era a primeira que terminava e ajudava os outros alunos”, afirma.
Ela ingressou no curso de Ciências e Tecnologia (C&T) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) em 2014 e logo procurou atividades de extensão ligadas à engenharia biomédica, mas só em 2016 iniciou as disciplinas de da engenharia biomédica, englobando conteúdos de várias engenharias, como elétrica, computação e mecatrônica. “Isso me fez ficar mais encantada, pois as possibilidades eram diversas. Considerando isso, já na engenharia iniciei uma especialização em engenharia clínica com aulas aos finais de semana. Assim, essa já seria uma área que eu poderia atuar”, diz Gabriela.
Mas nem tudo foi tranquilo na sua caminhada acadêmica. Gabriela revela que durante a graduação chegou a conciliar as disciplinas de engenharia com uma do mestrado, as aulas da especialização em engenharia clínica, além da bolsa de pesquisa no LAIS. “Foi um período de abdicar de muitas coisas para alcançar os objetivos que eu queria. No mestrado e doutorado da mesma forma, realizei coleta em humanos, que exige muita cautela, preparo e análise de dados”, conclui.