Os produtores culturais que atuam em Parnamirim estão levantando questionamentos sobre possíveis irregularidades na distribuição de recursos provenientes da Lei Paulo Gustavo no município. O resultado da seleção, que contempla um montante de R$ 1.580.001,71 destinados a projetos culturais, foi anunciado na última sexta-feira (8).
O valor em questão foi distribuído entre diversas categorias, abrangendo desde filme longa-metragem, documentário, filme média-metragem, filme curta-metragem, cinema itinerante, videoclipes, produção com celular, até podcast em série, curso de formação, reformas, restauros e manutenção de sala de cinema.
Entretanto, chamou a atenção dos produtores culturais as empresas selecionadas e suas supostas conexões inadequadas com a destinação dos recursos. Entre os beneficiados, está uma loja de acessórios cuja proprietária mantém vínculos com a pré-candidata à prefeitura Kátia Pires. Além disso, um pastor evangélico, aparentemente ligado a uma agência fotográfica, e empresas com endereço em Natal foram contemplados, levantando questionamentos sobre o processo de seleção.
Na categoria de documentário, por exemplo, uma empresa com atuação na construção, especializada em pinturas conforme consta em seu registro CNPJ, figura entre os selecionados. Já na categoria média-metragem, uma empresa com CNPJ destinado a artigos de armarinho foi contemplada, o que levanta dúvidas sobre a correlação com a produção cinematográfica.
Os produtores marcaram um protesto contra as possíveis irregularidades do processo, para às 9h de hoje (11).
O POTI segue acompanhando os desdobramentos do caso.