O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei que institui 3 de novembro como o Dia Nacional da Saúde Única. A data tem o propósito de conscientizar a população brasileira sobre relação indissociável entre a saúde humana, animal e ambiental, além de promover ações voltadas para o assunto.
O autor da proposta, senador Flávio Arns (PSB-PR), pontua que esse tipo de conscientização é importante, já que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 60% de todas as doenças que afetam os humanos são zoonoses, ou seja, doenças infectocontagiosas transmitidas pelos animais. “Muitas doenças podem ser melhor prevenidas e combatidas por meio da atuação integrada entre a medicina veterinária, a medicina humana e outros profissionais de saúde. A saúde única é uma abordagem que considera como humanos e animais interagem ecologicamente em um ambiente, onde qualquer alteração nestas relações provocará desequilíbrios e, consequentemente, a propagação de doenças”, explica.
De acordo com o relator, senador Paulo Paim (PT-RS), essa abordagem é multidisciplinar e pode ajudar a humanidade em ameaças futuras, evitando novas pandemias como a da COVID-19. Ele argumentou que ainda hoje, a medicina humana e a medicina veterinária, além de outras áreas importantes como as da ecologia e agronomia, costumam seguir trajetórias independentes, sem uma comunicação relevante entre elas, o que torna ainda mais relevante uma visão conjunta e sistêmica.