Após o fim do período letivo de 2023, as crianças brasileiras estão curtindo as tão aguardadas férias de verão. Neste período, é comum que os pequeninos estejam mais presentes em casa, com muita energia e disposição. Por isso, muitos pais e responsáveis acabam ficando sem ideias para a diversão e distração das crianças, e acabam recorrendo para os aparelhos celulares, tablets e televisões, com vídeos, séries, filmes e jogos.
Porém, a prática não é recomendada por pediatras e psicólogos. De acordo com pesquisa publicada no The Journal of the American Medical Association Pediatrics, o hábito está diretamente ligado a atrasos no desenvolvimento da linguagem, coordenação motora e habilidades sociais infantis.
Segundo a sociedade brasileira de pediatria, a exposição de crianças às telas deve ser completamente evitada até os dois anos de idade. Já crianças de dois a cinco anos podem se expor a no máximo uma hora por dia. A partir dos seis e até os dez anos, o tempo pode aumentar para duas horas diárias e, para os maiores, a orientação é de até três horas por dia, evitando o uso do celular durante as refeições e perto da hora de dormir. O ideal, é que a criança esteja sempre acompanhada por um adulto, que deve estar atento aos conteúdos consumidos, para que não haja nada danoso ou inapropriado.
Especialistas indicam que a melhor maneira de distrair as crianças nesse período, é equilibrar os meios disponíveis. O lazer é uma prioridade e pode ser feito através de brincadeiras, leituras, jogos, passeios, caminhadas e outros. A interação com outras crianças da mesma faixa etária também é recomendada. Incentivar esse tipo de entretenimento desde a primeira infância é uma maneira de frear a dependência às telas.