O Festival Música Alimento da Alma, mais conhecido por todos como MADA, chegou ao fim. Mas a despedida não foi triste, muito pelo contrário, a noite do sábado (14) foi histórica.
O segundo dia de evento começou com Gracinha entregando um show incrível e representando toda a força dos artistas potiguares. Getúlio Abelha também não deixou a desejar, agitando o público com suas músicas divertidas e o seu carisma irresistível. A banda Terno Rei veio em seguida, representando com muita autoridade o rock alternativo.
A partir desse momento, a noite tomou um rumo diferente e o MADA transportou o público natalense direto para a Bahia, com quatro atrações seguidas vindas diretamente do maior estado do Nordeste.
A primeira foi Luedji Luna, que encantou a todos com a sua bela e poderosa voz, letras cativantes e um show muito emocionante, onde comemorava o aniversário de três anos do seu álbum “Bom Mesmo é Estar Debaixo D’água”, que foi lançado durante a pandemia da COVID-19 e ainda não havia sido apresentado em Natal.
Depois, foi a vez de Margareth Menezes subir no palco do Festival. Atual ministra da cultura do Brasil, a lendária cantora completou 61 anos na última sexta-feira (13) e a sua energia irradiou em toda a Arena das Dunas. Dona de sucessos nacionais, ela fez o público suar, dançando muito ao som do axé. Em retribuição, Margareth recebeu do público um belo parabéns cantado a muitas vozes, além de um bolo presenteado com carinho pela produção. A cantora foi essencial para o MADA durante a pandemia, tendo feito uma live em parceria com o Festival.
Entre tantas músicas boas, a cantora não deixou de cantar “Capim Guiné”, sua colaboração com o grupo Baianasystem, já deixando um spoiler do que vinha a seguir.
E olha, eles chegaram com tudo!
BaianaSystem foi mais uma vez a atração de mais agitada do MADA. Com suas músicas que misturam rock, reggae, axé e tantos outros ritmos, a banda botou o público para pular, dançar, suar e gritar muito. As já conhecidas e aguardadas rodas – que remetem as rodas de poga dos shows de punk rock e thrash metal – onde todos podem pular juntos e criar um ambiente caótico e cheio de energia, surpreenderam pela sua magnitude e fizeram a Arena tremer.
No vídeo publicado nas redes sociais do MADA é possível sentir a energia do que foi esse show:
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Mas a festa baiana não acabou por aí. Ainda tinha uma das atrações mais aguardadas da noite, o rapper Baco Exu do Blues. E trazendo não só o rap, mas também outros ritmos da música preta brasileira e internacional, como samba, blues e R&B. O artista deu o nome. Entre músicas românticas que faziam o público cantar aos berros e raps potentes não permitiam deixar ninguém parado, Baco entregou um show capaz de causar arrepios.
Por fim, a responsabilidade de fechar a noite nos palcos principais era grande, mas a mamacita Karol Conká conseguiu fazer jus ao momento. Com rap e canções que abordam temas como empoderamento feminino, luta e autoestima, ela conquistou a platéia.
Mas o MADA não acabou no palco principal. Durante todo o evento, o Baile da Amada, que fica na parte externa da Arena, recebeu artistas e DJ’s incríveis, incluindo Brega Night Club, Brota, com participação de Rayssa, Pajux, Elisa Bacche, Clementaum, JLZ e DK.
Mas a artista mais aguardada da Amada era ela: Urias. E ela não deixou a desejar, fazendo o baile ficar pequeno com todo o seu talento. Já amanhecia quando Urias terminou o seu show histórico no MADA, sendo aclamadíssima pelos que aguentaram até o sol raiar.
O POTI participou da coletiva de imprensa com a artista e perguntou como ela escolhe entre tantas músicas para formar uma setlist que agradasse a todos os fãs.
“Tem sido muito difícil, porque quanto mais você vai lançando música, mais você quer acrescentar músicas no show, não quer tirar, entendeu? Eu tenho tentado gradativamente contemplar essa parte da minha carreira no meu último álbum, “Her Mind”, mas sem deixar de trazer as músicas que me trouxeram até aqui, sabe? Então acho que eu tô conseguindo”, explicou a musa.
E assim terminou a edição de 25 anos do Música Alimento da Alma, deixando muitas expectativas para 2024. Apesar da saudade, o Festival mostrou mais uma vez os motivos de ser o maior de Natal.
Fotos: Luana Tayze.
Edição: Larissa Cavalcante.