Após cinco anos, o Brasil recupera a certificação de “País Livre do Sarampo”, entregue pela Organização Pan-americana de Saúde (OPAS). Desde junho de 2022, o país não registra nenhum caso de transmissão da doença.
O sarampo havia conquistado a certificação pela primeira vez em 2016, mas surtos da doença entre 2018 e 2019 acenderam o alerta das autoridades. Nesse período foram registrados 10.374 casos. O pico da transmissão foi alcançado em julho de 2018, com 3.950 registros.
Este ano, foram registrados quatro casos importados, no Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo, mas medidas como a busca ativa e a vacinação de bloqueio ajudaram a evitar novas infecções.
Segundo o diretor da OPAS, Jarbas Barbosa, é preciso manter a vacinação e a vigilância para evitar o retorno da doença. O sarampo já foi uma das principais causas da mortalidade infantil, mas foi controlada através da intensificação da política de vacinação.
Por ser uma doença extremamente contagiosa, transmitida através das secreções do nariz e da boca expelidas ao tossir, respirar ou falar, o sarampo merece atenção redobrada. Estima-se que uma pessoa infectada pode contaminar entre 12 e 18 pessoas.
Para se prevenir é extremamente fácil, basta se vacinar com a tríplice viral, que faz parte do Calendário do SUS e é oferecido em todas as unidades básicas de saúde de forma gratuita. Além do sarampo, o imunizante também protege contra caxumba e rubéola, doenças também altamente contagiosas e que podem causar sequelas graves.
Crianças de 12 meses até adultos de 29 anos devem se vacinar com duas doses. Para pessoas de 30 a 59 anos a imunização é feita com uma dose.
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