Por: Alek Maracajá
Apesar dos desafios enfrentados, o Brasil tem se mostrado um país com potencial para ser protagonista na ciência e tecnologia, inclusive, com destaque global. Não acredita? Primeiro, é preciso lembrar que já somos internacionalmente reconhecidos pela exportação de mão de obra altamente qualificada, que vem espalhando profissionais brasileiros por todo o mundo, mas olhemos para além. Neste artigo, vamos destacar alguns projetos, empresas reconhecidas e startups premiadas que vêm mostrando a força da inovação no país e trazendo à tona uma forte discussão sobre o potencial do Brasil em se tornar um verdadeiro lançador de tendências.
Grande projetos impulsionando a inovação:
No Brasil, universidades, institutos de pesquisa e grandes empresas estão desenvolvendo projetos inovadores em áreas como inteligência artificial, biotecnologia, energia renovável e muito mais. Esses projetos têm atraído investimentos e parcerias internacionais, fortalecendo a posição do país no cenário global da ciência e tecnologia.
E as parcerias entre universidades e institutos federais vão além. Junto à iniciativa privada, essas instituições formam polos de tecnologia em diversas áreas. Esses pólos tecnológicos formam um verdadeiro “ecossistema brasileiro” de apoio à ciência, à tecnologia e à inovação. O Parque Tecnológico de San Pedro Valley, em Belo Horizonte (MG), o Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP) e o Parque Tecnológico do Porto Digital, em Recife (PE), são apenas alguns dos exemplos espalhados pelo Brasil.
Empresas brasileiras de destaque:
Além dos projetos de pesquisa, o Brasil também conta com empresas de destaque no setor de tecnologia. Essas empresas têm se destacado por oferecer soluções inovadoras e de qualidade, conquistando reconhecimento tanto no mercado doméstico quanto no internacional. Com uma mão de obra altamente qualificada e uma cultura empreendedora em ascensão, essas empresas têm se tornado referência no setor.
E por falar em tecnologia, podemos citar duas empresas de grande destaque nacional e atuação global: a Stefanini e a Totvs. No mercado há mais de 30 anos, a Stefanini, por exemplo, é uma multinacional brasileira que já está presente em mais de 40 países levando serviços de desenvolvimento de software, consultoria, terceirização de processos e transformação digital. Além da ampla gama de serviços, atende a diversos setores como telecomunicações, financeiro, varejo e saúde.
Já a Totvs é uma das maiores empresas de software de gestão empresarial da América Latina. Fundada em 1983, a empresa oferece soluções ERP (Enterprise Resource Planning), CRM (Customer Relationship Management), RH, contábil e fiscal, entre outros produtos e serviços, atendendo a diversos segmentos, como manufatura, varejo, distribuição, serviços, agronegócio e saúde.
Startups premiadas:
As startups brasileiras têm se destacado cada vez mais, com diversas delas sendo premiadas em competições nacionais e internacionais. Essas empresas emergentes têm mostrado uma capacidade notável de inovação, trazendo soluções criativas para problemas complexos. Com uma cultura de colaboração e incentivos governamentais específicos, o Brasil tem se mostrado um terreno fértil para o florescimento de startups promissoras, a exemplo da Loft (imóveis), Gympass(benefícios corporativos), Loggi (logística), Nubank (serviços bancários), Stone (serviços de pagamentos), entre outras.
Desafios e perspectivas:
Apesar dos avanços, o Brasil ainda enfrenta desafios significativos no campo da ciência e tecnologia. A falta de investimentos adequados em pesquisa e desenvolvimento, a burocracia excessiva e a falta de incentivos fiscais são obstáculos a serem superados. No entanto, há uma esperança de que, com esforços governamentais e privados, esses obstáculos possam ser ultrapassados, permitindo que o Brasil alcance seu potencial como uma potência global em ciência e tecnologia.
Dentro desses esforços, o governo federal divulgou, em agosto deste ano, uma notícia que muito me anima: o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Educação, Ciência e Tecnologia, que prevê um investimento de R$ 45 bilhões para os próximos anos. O montante deverá ser dividido em duas etapas: de 2023 a 2026 (R$ 36,7 bilhões); e após 2026 (R$ 8,3 bilhões).
O novo PAC priorizará a construção de creches, escolas de tempo integral e a modernização e expansão de Institutos e Universidades Federais. A iniciativa também visa impulsionar a permanência dos estudantes nas escolas, a alfabetização na idade certa e a produção científica no Brasil.
Aí você pode estar se perguntando: mas por que isso é importante? Bem, é que o investimento na mão de obra qualificada que vai impulsionar o crescimento do nosso país precisa vir de baixo, ou melhor, da educação básica. Afinal, é preciso manter as nossas crianças na escola com aprendizado de qualidade para que elas possam desenvolver suas habilidades em português, matemática, física, química e demais disciplinas. Porque sem essa base é praticamente impossível formar a força de trabalho que precisamos para alavancar o crescimento do nosso país.
Como diretor de expansão da Associação Brasileira das agências Digitais – Abradi estou visitando vários estados e conhecendo os ecossistemas de cada região do nosso brasil, fico encantado com as tendências e visão de futuro que cada região vem desenvolvendo e com potencial de mercado mundial.
Por isso, recebi essa notícia como um abraço no meu coração. Pois, com uma mão de obra qualificada, grandes projetos e um número crescente de startups premiadas, o Brasil pode se consolidar como um protagonista de seu desenvolvimento, especialmente nas áreas de ciência e tecnologia. Desta forma, apesar dos desafios enfrentados e do abismo educacional entre ensino público e privado, há um otimismo palpável em relação ao potencial do país em lançar tendências e ser uma fonte de inovação para o mundo. É a visão de um futuro promissor para a ciência e a tecnologia do Brasil, um futuro que passa literalmente pelas mãos daqueles que investem e acreditam no poder transformador dessas áreas.