O cinema brasileiro marcou presença de maneira expressiva na 81ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza, realizada entre 28 de agosto e 7 de setembro deste ano. Considerado um dos festivais mais tradicionais do mundo, o evento reuniu cineastas consagrados e novos talentos, apresentando produções inovadoras e socialmente relevantes.
O Brasil celebrou três grandes vitórias em mostras paralelas do festival. O longa Manas, dirigido por Marianna Brennand, foi um dos premiados, recebendo o Director’s Award na mostra Giornate degli Autori, conhecida por valorizar cineastas emergentes e obras autorais de estilo inovador. A mostra, criada em 2004, é voltada para projetos independentes que exploram novas linguagens no cinema.
Outra conquista veio com Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, que levou o prêmio de Melhor Roteiro. O filme já era aguardado com grandes expectativas por público e crítica e agora desponta como um forte candidato a representar o Brasil na categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar 2025. A obra está entre os 12 finalistas na seleção da Academia Brasileira de Cinema.
A coprodução entre Brasil e Colômbia Alma do Deserto, dirigida por Mônica Taboada-Tapia, também fez história ao vencer o Leão Queer, premiação que destaca as melhores produções com temática LGBTQIA+. O documentário, exibido também na Giornate degli Autori, tornou-se a primeira produção brasileira a conquistar esse prêmio.