No trimestre encerrado em maio de 2024, a taxa de desocupação no Brasil recuou 0,7 ponto percentual em comparação ao período de dezembro a fevereiro de 2024, atingindo 7,1%. Este é o menor índice registrado para um trimestre móvel encerrado em maio desde 2014. Em relação ao mesmo trimestre de 2023, a redução foi de 1,2 ponto percentual. As informações são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (28/6).
A pesquisa revela que, no período de um ano, foram criadas 2,9 milhões de novas vagas de trabalho. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), no governo Lula, mais de 1 milhão de empregos com carteira assinada foram gerados nos últimos 12 meses. A PNAD abrange tanto vagas de trabalho formais quanto informais, enquanto o Caged foca nos empregos formais.
A população desocupada, que inclui pessoas sem trabalho e que buscaram uma ocupação no período de referência, diminuiu 8,8% (menos 751 mil pessoas) no trimestre e 13,0% (menos 1,2 milhão de pessoas) no ano, chegando a 7,8 milhões de pessoas. Este é o menor contingente de pessoas em busca de trabalho desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015.
A população ocupada no Brasil atingiu um novo recorde da série histórica iniciada em 2012, chegando a 101,3 milhões de trabalhadores. Isso representa um aumento de 1,1% (mais 1,1 milhão de pessoas) no trimestre e 3,0% (mais 2,9 milhões de pessoas) no ano. Os números de trabalhadores com carteira assinada (38,3 milhões) e sem carteira assinada (13,7 milhões) também atingiram recordes, assim como o total de empregados no setor privado (52,0 milhões). A população fora da força de trabalho manteve-se estável em 66,8 milhões.
Rendimento e massa de rendimentos crescem
O rendimento médio real dos trabalhadores no trimestre encerrado em abril foi de R$ 3.181, sem variação significativa no trimestre, mas com um crescimento de 5,6% em comparação ao ano anterior. A massa de rendimentos, que é a soma das remunerações de todos os trabalhadores do país, atingiu R$ 317,9 bilhões, um novo recorde da série histórica. Isso representa um aumento de 2,2% (R$ 6,8 bilhões) no trimestre e 9,0% (R$ 26,1 bilhões) no ano.